A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a segunda fase de uma operação, nas primeiras horas desta quinta-feira (3/7), para desmantar um esquema criminoso que tentava aplicar golpes contra clientes do escritório de advocacia que leva o nome do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
A Operação Fallere, coordenada por equipes da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), foi realizada no Ceará, com o apoio da Polícia Civil local. Policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da Primeira Vara Criminal de Brasília.
Os alvos são dois homens suspeitos que tentar praticar estelionato contra clientes do escritório Ibaneis Advogados Associados. Ibaneis está afastado das funções do escritório desde que assumiu o GDF.
Os mesmos estelionatários também usaram o nome do ex-deputado distrital e atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Leandro Grass, para tentar roubar dinheiro de vítimas.
O crime praticado é conhecido como o “golpe do falso advogado” e usa principalmente a “engenharia social” para fazer com que as vítimas, contatadas geralmente por aplicativos de mensagens, acreditem possuir créditos em ações judiciais reais cuja liberação só seria feita após falsos pagamentos a título de taxas e custas processuais.
De acordo com a PCDF, a modalidade criminosa está em franca ascensão e não respeita limite territorial ou classe econômica.
“Por isso, a Polícia Civil do DF reforça seu compromisso em não economizar esforços para identificar e fazer com que estes criminosos sejam levados à Justiça para responderem por seus atos”, disse o delegado-chefe da 5ª DP, Welington Barros.
Cuidados
O delegado explica que é preciso reforçar a orientação para que a população esteja sempre atenta.
” Principalmente em relação a contatos repentinos de desconhecidos que, por meio de uma narrativa falsa, criam uma sensação de urgência para fazer com que as vítimas acabem agindo sem refletir cuidadosamente, assim experimentando prejuízos por vezes irreparáveis”, explicou.
Essa advertência vale para o golpe do “falso advogado”, mas também para qualquer outro que, embora utilize uma história diferente, tem as mesmas características e objetivo.
