O Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Inovação, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou ontem o Programa Carro Sustentável, zerando o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros de entrada vendidos no país. Embora o governo ainda não tenha divulgado a lista oficial dos modelos contemplados, a Fiat anuncia que Mobi e Argo receberam o benefício e estão mais baratos.
Pelas regras do programa, tanto o Fiat Mobi quanto o Argo terão uma isenção da aliquota de 5,27% do IPI. Assim, o Mobi Like iria de R$ 80.990 para R$ 76.722, enquanto a versão Trekking passaria de R$ 82.990 para R$ 78.616. No caso do Argo, o desconto reduziria o preço de R$ 94.990 para R$ 89.984.
Porém, a Fiat aproveitou para adicionar mais um desconto de até 13% parte de uma campanha de vendas da marca. Ao somar os dois, os carros ficaram até R$ 13.000 mais baratos, embora este desconto maior seja válido apenas para o mês de julho, enquanto a isenção do IPI terá vigor até dezembro de 2026.
Com todos os descontos, o Mobi Like de entrada é vendido por R$ 67.990, R$ 13.000 a menos do que o preço de tabela. A configuração mais cara do subcompacto é a Trekking, que ficou R$ 9.000 mais barata e será comercializada por R$ 73.290.
Curiosamente, somente o Argo Drive 1.0 manual está com um desconto de R$ 8.000, reduzindo o preço para R$ 86.990. É a versão mais cara do hatchback com o motor 1.0 Firefly de 75 cv e a fabricante não cita uma isenção do IPI para a configuração Argo 1.0, normalmente vendida por R$ 92.990.
Os três carros tem a mesma mecânica, com o motor 1.0 Firefly de quatro cilindros. Entrega 71 cv a 6.000 rpm e 10 kgfm de torque a 3.250 rpm ao utilizar gasolina. Quando abastecido com etanol, os números sobem para 75 cv e 10,7 kgfm. O câmbio é sempre o manual de cinco marchas.
Confira como ficaram os preços sugeridos:
- Mobi Like: de R$ 80.990,00 por R$ 67.990,00
- Mobi Trekking: de R$ 82.990,00 por R$ 73.290,00
- Argo Drive 1.0 MT: de R$ 94.990,00 por R$ 86.990,00
O que é o programa Carro Sustentável?
Criado pelo Governo Federal e em vigor a partir de 11 de julho, trata-se de um programa de incentivo ao consumo de veículos sustentáveis, seguros e acessíveis. Para que um carro tenha isenção total de IPI, precisa atender aos seguintes critérios:
- Emissão máxima de CO²·: até 83 g/km (do poço à roda);
- Pelo menos 80% da massa total do veículo composta por materiais recicláveis;
- Produção nacional obrigatória com etapas de soldagem, pintura, montagem final, motor nacional ou importado do Mercosul
- Ser classificado como carro compacto
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De acordo com o Governo, espera-se que as reduções ou isenções sejam integralmente repassadas ao consumidor final – seja pessoa física ou jurídica. A compensação para a queda na arrecadação será feita para os modelos que não atenderem às normas, e pagarão mais IPI por isso. O decreto terá validade até dezembro de 2026.
Para os demais carros, o governo prepara um novo sistema de cálculo do IPI, que entrará em vigor em 90 dias e que, pela estimativa do MDIC, reduzirá o IPI de 60% dos veículos vendidos no Brasil. A alíquota base passa a ser de 6,3% para carros de passeio e 39% para comerciais leves e, a partir daí, poderá aumentar ou diminuir conforme critérios predefinidos.
