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Fintechs: problema ou solução?

Última atualização: 15 de setembro de 2025 05:30
Published 15 de setembro de 2025
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Spoiler: solução! Mas vejamos em detalhes.

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Nos últimos dias, as fintechs tomaram conta do noticiário. Nunca houve tanto interesse da população sobre essas empresas. De fato, agora em setembro, as buscas no Google sobre o tema bateram recorde histórico, como mostra o gráfico abaixo.

O interesse, contudo, surgiu por um motivo negativo: algumas empresas, que se passam por fintechs, foram flagradas em esquemas de lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado. Nesse esquema, estavam também bancos, fundos, corretoras e gestoras de investimentos, mas muito da ênfase midiática recaiu sobre as fintechs. Diante disso, importante frisar, como bem disse o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que “as fintechs são vítimas do crime organizado”.

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As fintechs geram muitos benefícios à sociedade, como mostrarei em seguida, com base em amplo conjunto de estudos, e vêm sendo estimuladas em vários países. A pior coisa que o Brasil poderia fazer nesse momento é demonizar o setor ao invés de fortalecê-lo e torná-lo mais seguro.

Mas, afinal, o que são fintechs? Segundo o site do Banco Central, “fintechs são empresas que usam tecnologia intensiva para inovar nos mercados financeiros, criando novos modelos de negócio”.

Pela definição, vê-se que fintechs são veículos de inovação – e inovação é um dos motores da produtividade, a chave do crescimento. Vale dizer, inovações no setor financeiro são ainda mais relevantes: como disse Joseph Stiglitz, Nobel de Economia, o setor financeiro funciona como o “cérebro do sistema econômico”, pois é responsável pela alocação de recursos na economia como um todo.

Um estudo publicado pelo BIS mostra que o surgimento de fintechs tende a ser mais intenso em países com elevada exclusão financeira e altos custos de intermediação bancária, refletindo uma resposta à demanda reprimida da população a serviços mais acessíveis.

Não é por acaso que o Brasil desenvolveu um dos ecossistemas de fintechs mais vibrantes do mundo. Quando começaram a surgir, o país enfrentava níveis muito maiores de exclusão financeira e taxas de juros ainda mais elevadas do que as atuais. Hoje, segundo pesquisa do BID, o Brasil é o líder indiscutível de fintechs na América Latina.

Isto posto, vamos ver o que dizem as evidências empíricas sobre fintechs. Nos últimos anos, o tema ganhou espaço em investigações acadêmicas.

Primeiro, as fintechs são fundamentais para a inclusão financeira. Com modelos digitais de baixo custo, passaram a oferecer, por exemplo, contas sem anuidade e serviços acessíveis a quem antes estava fora do sistema, sobretudo pessoas de baixa renda.

De fato, pesquisa da Mastercard de 2025 revela que 58% dos clientes de fintechs no Brasil acessaram produtos e serviços financeiros antes inalcançáveis para eles – o maior patamar entre os países pesquisados da América Latina.

Aliás, o Brasil é hoje um sucesso mundial de inclusão financeira, reconhecido pelo Banco Mundial no recém-lançado Findex de 2025, em parte por causa das fintechs. Foram quase 60 milhões de brasileiros bancarizados na última década, com a bancarização hoje alcançando quase 100% da população adulta.

E não para por aí. Estudos indicam que fintechs: (i) ampliam crédito para micro, pequenas e médias empresas, (ii) têm alto impacto em regiões com menos agências bancárias, reduzindo a distância geográfica como barreira ao crédito (lembrando que 51% dos municípios brasileiros hoje não têm agência, como mostra pesquisa recente da Tendências Consultoria); (iii) reduzem a exclusão financeira de mulheres; (iv) reduzem o estresse financeiro das pessoas; (v) fortalecem políticas de democratização do sistema financeiro, liderando as estatísticas do Pix e do Open Finance Brasil.

Há ainda outro aspecto central, talvez o mais importante: a competição. Sabemos que o Brasil ainda tem um sistema bancário muito concentrado, com os cinco maiores bancos dominando quase 70% da carteira de crédito, dos ativos e dos depósitos. Não por acaso, o spread bancário brasileiro é o terceiro maior do planeta, mais de cinco vezes o observado nos países de renda média-alta (pares do Brasil). Sim, existem quase 20 estudos mostrando que competição e concentração afetam o spread bancário.

Nesse contexto, fintechs funcionam como um sopro de ar fresco. Por exemplo, o FMI mostrou, em seu último Article IV para o Brasil, que a exposição dos bancos brasileiros à concorrência das fintechs reduz taxas de juros e margens líquidas de juros. O mesmo aponta um texto para discussão de José Renato Ornelas e Alexandre Pecora do Banco Central. Pesquisas internacionais, uma delas feita com 91 países, chegam à mesma conclusão: a concorrência gerada pelas fintechs reduz as taxas de juros.

Esse movimento tem implicações ainda maiores. Muito se fala que a política monetária no Brasil tem baixa potência porque seus canais de transmissão são obstruídos. E de fato são. Pouco se comenta, porém, que um dos gargalos está no canal do crédito, causado por spreads elevados. Afinal, estes podem reduzir a sensibilidade das taxas de empréstimo à taxa básica, bem como reduzir a sensibilidade da demanda por crédito.

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Ora, se fintechs comprovadamente aumentam a competição, e se competição comprovadamente reduz spreads, elas ajudam a desobstruir o canal do crédito e, assim, aumentar a potência da política monetária no Brasil. E, para quem não sabe, mais potência monetária implica em uma menor taxa real de juros no país.

Antes de finalizar, é bom dizer: parte relevante das fintechs já é regulada pelo BC e são bem-vindas as medidas recém-anunciadas para reforçar a segurança do Sistema Financeiro Nacional. Mas, para que a regulação seja universal, capaz de observar todos os players, é urgente fortalecer a capacidade de supervisão do BC.

A agenda regulatória cresceu nos últimos anos, mas o quadro de servidores diminuiu sensivelmente. O BC tinha 4.727 servidores ativos em 2009. Em 2024, eram 3.189, uma queda de 33%. A qualidade técnica do Banco Central é reconhecida, mas recursos humanos e orçamentários são fundamentais para que a instituição continue cumprindo, com a mesma excelência, suas atribuições, cada vez mais ampliadas.

Como adiantei lá no começo, fintechs são solução – e as evidências deixam isso claro. Para que o Brasil aproveite plenamente esse potencial, é essencial que o ambiente institucional continue evoluindo, de forma a dar ao Banco Central os meios necessários para seguir liderando a agenda de inovação, competição e estabilidade financeira.

*

As opiniões expressas neste artigo são pessoais.

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