Nota mais baixa já registrada pelo país tem uma perspectiva estável para mudanças futuras, diz agência Macroeconomia, -agencia-reuters-, CNN Brasil Money, economia internacional, Fitch Ratings, França, nota de crédito CNN Brasil
A agência de recomendação de crédito Fitch rebaixou a nota de crédito soberano da França nesta sexta-feira (12) de AA- para A+, o nível mais baixo já registrado no país, enquanto a segunda maior economia da zona do euro enfrenta uma crise política e uma dívida crescente.
A decisão aumenta a pressão sobre o primeiro-ministro Sebastien Lecornu, que está há poucos dias no cargo, enquanto ele se esforça para formar um gabinete e elaborar um orçamento para 2026 que possa ser aprovado em um Parlamento profundamente dividido.
A nota, a mais baixa já registrada por uma grande agência de recomendação de crédito, tem uma perspectiva estável para mudanças futuras, disse a Fitch, atribuindo seu corte à falta de “um horizonte claro para a estabilização da dívida nos anos seguintes”.
O rebaixamento já estava precificado nos mercados, disseram analistas. No entanto, o momento da mudança é estranho para a França e destaca as crescentes preocupações de investidores quanto à sua capacidade de controlar seu déficit orçamentário — atualmente o mais alto da zona do euro.
O presidente francês, Emmanuel Macron, escolheu Lecornu, um conservador leal, para formar um governo depois que parlamentares expulsaram o veterano de centro François Bayrou em um voto de confiança sobre seus planos para um aperto orçamentário de 44 bilhões de euros (US$ 52 bilhões).
Lecornu tornou-se o quinto primeiro-ministro de Macron em menos de dois anos e enfrenta uma tarefa quase impossível para aprovar um orçamento reduzido no Parlamento — dificuldades que levaram à saída dos dois últimos primeiros-ministros da França.
“Essa instabilidade enfraquece a capacidade do sistema político de realizar uma consolidação fiscal substancial”, disse a Fitch em um comunicado.
O Ministro das Finanças francês, Eric Lombard, disse que havia tomado conhecimento da decisão da Fitch e que Lecornu estava avançando com consultas com parlamentares para aprovar um orçamento e restaurar as finanças públicas.