Senador sugere que governo brasileiro deve aceitar condições impostas pelos EUA e propõe anistia ampla aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro Política, -transcricao-de-videos-, anistia, Donald Trump, Estados Unidos, Flávio Bolsonaro CNN Brasil
Em entrevista ao CNN Arena desta quinta-feira (10), senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou-se sobre a imposição de tarifas pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ao Brasil. Segundo o parlamentar, o país não tem condições de impor exigências aos EUA em uma eventual negociação sobre essas tarifas.
O senador sugeriu que o governo brasileiro deve aceitar as condições impostas e propôs uma estratégia controversa como primeiro passo: não se opor ao avanço de um projeto de anistia ampla para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023.
Anistia como ferramenta de negociação
O senador argumentou que a aprovação de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” seria uma forma de sinalizar a disposição do Brasil em retornar a uma situação de normalidade. Ele afirmou: “O primeiro passo que a gente tem que discutir é sim uma anistia ampla, geral e irrestrita”.
Flávio alegou que existe um sentimento majoritário no Congresso favorável à anistia, mas que a aprovação não ocorre devido às pressões de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, há ameaças de que, caso aprovada, a anistia seria declarada inconstitucional.
Prazo e consequências
O parlamentar estabeleceu um prazo para ação: “A gente tem até 1º de agosto deste ano para fazer essa sinalização, sentar na mesa e negociar”. Ele enfatizou a importância do Congresso Nacional em cumprir seu papel constitucional, aprovando a anistia como um gesto de boa vontade nas negociações.
O senador alertou para as possíveis consequências caso o Brasil não tome essa medida: “Caso contrário, no meu ponto de vista, e não é com felicidade que eu falo isso, mas é um fato, é a realidade, o Trump vai estar disposto a aumentar as tarifas (…)”.
A proposta do senador gerou debates sobre a independência entre os poderes e a eficácia de utilizar uma medida interna controversa como instrumento de política externa e negociação comercial.