Fora de linha no Brasil desde 2019, o Ford Focus será aposentado de vez em 2025 em todos os mercados do mundo, seguindo a mesma receita do Fusion e Fiesta, que também já foram descontinuados . É o fim de uma geração que fez muito sucesso.
O modelo ainda pode ser encomendado na Europa, mas isso deve acabar em breve, já que a produção na fábrica de Saarlouis, na Alemanha.
O Focus chega ao fim após marcar época, principalmente nas duas últimas décadas. A primeira geração do modelo estreou em 1998, há quase 30 anos.
Mas existe um grande porém na descontinuação do Focus na Europa: não há um substituto direto para o modelo na linha atual de carros da Ford. O hatch era responsável por atrair um grande público, desde famílias, até entusiastas em sua versão esportiva ST.
Mas por que a Ford está eliminando o Focus de sua linha? Segundo o CEO Jim Farley, a empresa está “saindo do negócio de carros chatos e entrando no negócio de veículos icônicos”.
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A grande verdade é que a marca não estava mais fazendo dinheiro com carros como o Focus, mas sim com modelos como Bronco, Mustang e afins. Jim quer transformar a Ford em “a Porsche do off-road”.
O fim do Focus deixa a Ford sem um carro comum e mais barato de entrada disponível na Europa. Estratégia que já está em vigor no Brasil e EUA.
Ao mesmo tempo, o número de venda da Ford tem caído continuadamente na Europa. Em 202, primeiro ano sem o Fiesta, foram 17% de retração em relação ao ano anterior. Porem, a Ford parece não querer ganhar mais em volume de vendas, mas sim lucrar com um volume menor de carros, assim como marcas com produtos mais caros.
História no Brasil
O Ford Focus teve uma história longa no Brasil, chegando ao nosso mercado desde a primeira geração, desembarcando em 2000, dois anos após a estreia na Europa e produzido na Argentina. Veio com a missão de substituir tanto o Escort quanto o Verona, sempre oferecendo tanto a carroceria hatch quanto a sedã.
Mesmo que sempre tivesse um leve atraso em relação à Europa, o Focus continuou a ser atualizado para a América Latina. A segunda geração chegou só em 2008, quatro anos depois do mercado europeu, a ponto de estrear já reestilizado. Isto fez com que tivesse uma vida curta, ficando somente cinco anos em linha.
Em 2013, a terceira geração começou a ser vendida no Brasil, alinhada com o mercado global, na época em que a Ford apostava na estratégia “One Ford”, com modelos globalizados. Foi a mais polêmica, por ser um dos carros com a problemática transmissão Powershift de dupla embreagem.
Porém, já não vendia tão bem dentro do segmento, mesmo considerando que os hatchbacks médios já tinham perdido espaço no Brasil. O sedã Fastback também não fez sucesso. Ambos saíram de linha em 2019 e nunca vimos a quarta e última geração, lançada em 2018.
