Kfir e o irmão Ariel Bibas tinham 9 meses e quatro anos, respectivamente, quando foram levados com a mãe pelo Hamas
Este conteúdo foi originalmente publicado em Funeral dos reféns mais jovens, da família Bibas, é realizado em Israel no site CNN Brasil. Internacional, Conflito Oriente Médio, Faixa de Gaza, Hamas, Israel, Reféns CNN Brasil
O fim de um impasse de dias sobre a troca de reféns por prisioneiros palestinos foi anunciado nesta quarta-feira (26), enquanto Israel realizava o funeral da família Bibas, após a entrega dos corpos de Kfir Bibas, de nove meses, seu irmão Ariel, de quatro anos, e sua mãe Shiri, na semana passada.
Os reféns mais jovens capturados durante o ataque ao país por homens do Hamas em 2023 foram mortos na Faixa de Gaza semanas após terem sido sequestrados.
O grupo afirma que os meninos e a mãe foram mortos em um ataque aéreo israelense, mas Israel diz que tem evidências forenses e de inteligência que mostram que eles foram mortos pelos sequestradores.
Milhares de pessoas, algumas em lágrimas, carregando bandeiras israelenses ou fotografias da família, caminharam em procissão ou esperaram enquanto um comboio com os caixões passava a caminho do funeral.
Muitos carregavam balões laranja, um novo símbolo de luto pelos reféns, combinando com o cabelo vermelho dos dois meninos Bibas.
“Eles representam, de certa forma, todas as famílias que foram massacradas naquele dia”, disse Tal Ben Shimon, morador de Tel Aviv, que se juntou aos enlutados no espaço ao ar livre que ficou conhecido como Praça dos Reféns, devido às manifestações regulares das famílias dos reféns e de seus apoiadores que se reúnem ali desde o início da guerra.
Yarden Bibas, o pai dos meninos, que foi capturado separadamente da família e libertado durante uma troca de reféns e prisioneiros no início deste mês, prestou homenagem em um elogio emocionado.
“Espero que saibam que pensei em vocês todos os dias, a cada minuto”, disse ele em um discurso transmitido ao vivo pela televisão israelense.
Para os israelenses, a família Bibas se tornou um emblema do trauma que assombra o país desde o ataque liderado pelo Hamas às comunidades no sul de Israel, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 251 foram levadas a Gaza como reféns.
A guerra aérea e terrestre de Israel em Gaza, em resposta, matou mais de 48 mil palestinos e destruiu a maior parte do território costeiro, mas os combates cessaram desde o acordo de cessar-fogo intermediado por Egito e Catar no mês passado.
Sob o acordo, o Hamas concordou em entregar 33 reféns israelenses em troca de cerca de dois mil prisioneiros e detidos palestinos e da retirada das tropas israelenses de algumas de suas posições em Gaza, bem como de um fluxo maciço de ajuda.
Avanço garantido
Nesta quarta-feira (26), os mediadores egípcios confirmaram que haviam conseguido um avanço que deveria permitir a entrega dos últimos quatro corpos de reféns previstos na primeira fase do acordo nesta semana, após um impasse de dias.
O Hamas confirmou que havia chegado a um acordo para a troca de reféns por prisioneiros, mas disse que a libertação seria conduzida sob um novo mecanismo.
As Brigadas Al-Nasser Salah al-Deen, um grupo militante baseado em Gaza aliado ao Hamas, afirmou em seu canal Telegram que libertaria o corpo do refém Ohad Yahalomi na quinta-feira (27).
Não ficou claro quando os outros três corpos seriam entregues.
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