Ministro vota em julgamento de Bolsonaro e outros sete réus por envolvimento no que seria um plano de golpe contra o resultado da eleição de 2022 Política, Jair Bolsonaro, Julgamento Bolsonaro, STF (Supremo Tribunal Federal) CNN Brasil
Em seu voto na ação penal do plano de golpe, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux disse que “golpes de estado não resultam de atos isolados”.
“Mas, sim, de criação de grupos organizados, dotados de recursos materiais e capacidade estratégica”, declarou o magistrado, no julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros réus na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (10).
Para exemplificar sua visão, Fux citou a atuação de black blocs durante as manifestações de meados 2013, também conhecidas como Jornadas de Junho.
Fux relembrou o confronto entre manifestantes e forças policiais na Batalha da Consolação, em 10 de junho daquele ano, em São Paulo, e ataques à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e à Câmara Municipal do Rio.
“É fato notório que em todos esses eventos houve envolvimento de pessoas doutrinadas pelos black blocs”, declarou, citando os grupos de tendência anarquista que protagonizaram atos de violência e depredação em atos naquele ano.
“Nada obstante, em nenhum desses casos, oriundo dessas manifestações politicas violentas, se cogitou de imputar aos responsáveis o emprego de violência ou grave ameaça ou tentativa de impedir o legitimo governo eleito”, acrescentou.

