Alta cúpula do ministério da Agricultura da China visita Brasil nesta semana; governo vai tentar explorar “oportunidades” abertas com guerra comercial
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Em meio à escalada da guerra comercial entre China e Estados Unidos, o alto escalão do Ministério da Agricultura chinês visita o Brasil e terá agendas bilaterais com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e seus auxiliares.
A expectativa é de que o encontro aconteça até o fim da semana.
A visita ocorre por ocasião das reuniões do Grupo de Trabalho de Agricultura dos BRICS, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que acontecem em Brasília nesta semana.
Estão marcadas reuniões bilaterais dos representantes do Mapa com os chineses e também com outros países como Irã e Índia.
Apesar das pautas das reuniões não serem divulgadas, o tarifaço de Donald Trump deve ser abordado durante as conversas, segundo fontes ouvidas pela reportagem.
Uma das prioridades do governo federal é avançar em acordos que possam beneficiar o país em meio à disputa entre Pequim e Washington — como no caso do sorgo, que o Brasil assinou, no ano passado, um tratado para iniciar as exportações ao mercado chinês.
Dados do ministério da Agricultura mostram que a China importou US$ 1,83 bilhão do insumo, o equivalente a 82,8% do comércio mundial do produto. Mais da metade vem dos EUA. A expectativa é de que o Brasil possa ocupar parte desse espaço no mercado chinês.
“O Brasil está aberto a discutir com qualquer país. Sobre qualquer tema. E o Brasil se coloca à disposição de qualquer país para discutir temas como segurança alimentar e cooperação agrícola. Não temos limitantes para conversar com qualquer um”, disse à CNN o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua.
Na sexta-feira (11), Pequim elevou suas tarifas sobre importações americanas para 125%, um dia após a Casa Branca anunciar que produtos vindos da China para os EUA estão sujeitos a uma tarifa de pelo menos 145%.
Em um último desdobramento, Trump anunciou no sábado (12) que os eletrônicos importados para os EUA estão isentos das tarifas recíprocas.
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