Área tem 3,2 milhões de hectares; é a segunda terra indígena mais impactada por mineração ilegal no Brasil
Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo inicia retirada de invasores de território Kayapó após ordem do STF no site CNN Brasil. Política, Exército, Garimpo ilegal, Governo, Terras Indígenas CNN Brasil
O governo federal iniciou, nesta sexta-feira (2), a retirada de invasores da Terra Indígena Kayapó, no sudeste do Pará. O foco é o combate ao garimpo ilegal.
A operação de desintrusão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tem como objetivo garantir a preservação da vida dos povos indígenas, a integridade do território e o pleno direito ao uso da terra.
Homologada em 1991, a Terra Indígena Kayapó possui uma área de 3,2 milhões de hectares, distribuída entre os municípios de São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Cumaru do Norte e Bannach.
Desse total, segundo o governo, 274 hectares de mata nativa já foram destruídos pela atividade garimpeira — uma área equivalente a 253 campos de futebol.
É a segunda terra indígena mais impactada por mineração ilegal no Brasil, atrás apenas da TI Sararé. No território vivem 6.365 indígenas dos povos Mebengôkre e Índios Isolados do Rio Fresco, distribuídos em 67 aldeias.
Para apoiar a ação, o Exército empregou 250 militares.
Também participam da ação outros 150 agentes de mais de 20 órgãos governamentais, incluindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O plano operacional, previsto para durar 90 dias, prevê ações conjuntas de fiscalização, inutilização de equipamentos utilizados nas atividades ilegais, monitoramento aéreo e terrestre e medidas preventivas para evitar o retorno de invasores.
De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, esta é a oitava operação de desintrusão promovida pelo governo desde 2023. Já foram realizadas ações nas terras Alto Rio Guamá (PA), Apyterewa (PA), Trincheira Bacajá (PA), Karipuna (RO), Munduruku (PA) e Yanomami (RR – em execução), além da TI Araribóia (MA – em execução).
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