Ministro de Minas e Energia afirmou que governo espera receber capital do mundo todo, visando defender a soberania nacional Macroeconomia, Alexandre Silveira, CNN Brasil Money, Minerais, Tarifas, tarifas de Trump, Terras raras CNN Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em entrevista à CNN nesta sexta-feira (25) que o governo está preparando uma política de terras raras para o segundo semestre, visando a soberania nacional e, também, captar capital de diversos países.
“O Brasil não pode admitir ser recolonizado. Estamos preparando uma política de minerais críticos para o segundo semestre, que visa defender o interesse nacional. E claro, receber capital de qualquer parte do mundo […] O diálogo permanente com o mundo inteiro é característica do Brasil”, afirmou Silveira.
Segundo ele, essa política está sendo discutida com o setor privado e irá impulsionar a mineração de minerais raros, desenvolvendo a cadeia como um todo no Brasil e gerando emprego e renda.
Atualmente, o Brasil possui 21 milhões de toneladas de minerais críticos, atrás somente da China, de acordo com a USGS (U.S. Geological Survey).
Quando perguntado sobre as trativas acerca das terras raras ainda no governo do ex-presidente Joe Biden, o ministro disse que as negociações nunca foram paralisadas e que o Brasil está aberto ao capital estrangeiro.
Silveira ainda falou sobre as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou a necessidade de ser os EUA a abrir diálogo com o Brasil.
“Quem impôs as tarifas foi o governo americano. Naturalmente, quem tem que abrir dialogo é o governo americano. Nós não podemos impôr ao STF nada que não esteja na nossa Constituição. Uma coisa são valores inegociáveis e outras são negociações comerciais”, disse o ministro.
Ele reforçou que o Brasil não vai aceitar nenhuma imposição que decorra em um cenário de piora na vida do povo brasileiro e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já anunciou que espera a abertura de Trump para dialogar.
Como a economia brasileira deve ser afetada com o tarifaço de Trump?
