Investigação do USTR contra o Brasil abre seis frentes, sendo uma delas suposto “enfraquecimento no combate à corrupção” no país Macroeconomia, CGU (Controladoria-Geral da União), CNN Brasil Money, Corrupção, Estados Unidos CNN Brasil
O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius de Carvalho, disse, durante o Seminário Esfera Infra, que acontece neste sábado (9), no Recife, que a pasta prepara argumentos para rebater as críticas do Escritório do USTR (Representante Comercial dos Estados Unidos) sobre um suposto enfraquecimento do combate à corrupção no Brasil.
A investigação deflagrada pela autoridade norte-americana em julho abriu seis frentes de apuração sobre as práticas do Brasil.
Em uma delas, o governo Trump cita “sinais de retrocesso” no combate à corrupção, destacando acordos judiciais pouco transparentes e anulação de condenações relacionadas a escândalos de subornos. “Nossa defesa passa por mostrar o que fizemos até aqui”, disse o ministro.
A CGU vai argumentar, por exemplo, que bateu recorde na abertura de processos administrativos de responsabilização contra empresas com conduta corrupta no ano passado, 76. Outro recorde a ser apresentado diz respeito a acessos no Portal de Transparência, cerca de 200 milhões em 2024.
Ainda de acordo com o ministro, houve recorde em economia de recursos públicos por meio da utilização de uma ferramenta de inteligência artificial que lê editais de licitação e identifica possíveis desvios. No ano passado, foram poupados cerca de R$ 1,25 bilhão, afirmou.
Crítica do USTR
O relatório do USTR aponta que investigações e processos contra grandes casos de corrupção vêm sofrendo interferências, com leniência em punições e contestações judiciais que anulam decisões importantes no Brasil.
A fragilidade percebida no cumprimento das leis de anticorrupção pode gerar, segundo o USTR, insegurança para empresas estrangeiras, prejudicando o ambiente de negócios para investidores norte-americanos e comprometendo padrões internacionais de integridade.

