Craque contou histórias de família e lições de humildade e respeito no programa CNN Esportes S/A Futebol, Cafu, CNN Esportes, CNN Esportes S/A, Futebol brasileiro CNN Brasil
Cafu recordou momentos de sua infância e juventude em Minas Gerais durante entrevista ao CNN Esportes S/A deste domingo (31).
O ex-capitão da Seleção Brasileira compartilhou como foi crescer antes da fama e detalhou as experiências que teve como guardador de carros e vendedor em meio à convivência com a família.
O pentacampeão contou como aproveitava os carros parados em frente à casa da família para ganhar algum dinheiro extra durante a infância.
Minha avó, meu avô e minha mãe moravam em frente ao Clube Minas Caixa, (…) e nós íamos sempre no final do ano passar o final do ano com os nossos avós. Ali os carros paravam para ir ao clube (…). O pessoal deixava o carro lá, a gente ia jogar bola, voltava, os carros estavam lá ainda.
Cafu, capitão do penta
Vendo a oportunidade, eles ofereciam para cuidar dos veículos na expectativa de trocados.
“Como a gente ficava ali na porta, os carros paravam, a gente falava assim: ‘Quer que a gente tome conta, cara?’. ‘Sim, pode tomar’. Então, os carros ficavam lá, a gente ia só encostando”, explicou.
O ex-lateral ainda compartilhou que costumava usar o dinheiro para comprar picolé: “O cara dava, gastava um dinheirinho para a gente, a gente pegava o dinheirinho e picava a mula para comprar picolé.”
Cafu também comentou como ajudava o avô, que trabalhava vendendo raízes no Mercado Central de Belo Horizonte.
Na realidade, quem era vendedor de raiz no Mercado Central era meu avô. Meu avô tinha uma banca de raiz lá no Mercado Central, e eu já fui algumas vezes lá ajudar meu avô a vender; eu empacotava quando ele vendia. Já fui entrar no meio do mato para caçar raiz com meu avô.
Cafu, capitão do penta
O ex-lateral reiterou que o avô era um raizeiro clássico.
“Meu avô era daqueles raizeiros de verdade, não tomava remédio, tudo dele era cura; nos curávamos com raiz”, relatou.
Humildade e respeito
Cafu destacou que essas experiências ajudaram a formar valores que carregou por toda a vida e carreira.
O que eu aprendi foi humildade e respeito. Principalmente o respeito. Tenho muito respeito pelas pessoas que são acima de mim, pelas pessoas que têm mais idade do que eu, que são mais experientes do que eu, principalmente jogadores, alguém que fez história antes da minha.
Cafu, capitão do penta
Ele ressaltou que a humildade, o respeito, a simplicidade e o trabalho duro sempre foram fundamentos importantes em sua vida pessoal e profissional.
“Respeito muito essa hierarquia, respeito muito essas pessoas que fizeram história, e acho que isso foi meu pai que me ensinou, minha mãe que me ensinou”, contou.
O capitão do penta explicou como esses princípios influenciaram sua relação com a hierarquia do futebol e a valorização dos que vieram antes dele na história da Seleção Brasileira.
Uma coisa é verdade: o Cafu só foi penta porque alguém foi tetra, alguém foi tetra porque alguém foi tri, alguém foi tri porque alguém foi bi, e alguém foi bi porque alguém foi campeão. Então, alguém começou a nossa história lá em 1958, que passou para 62, que passou para 70, que foi 94 e chegou a nós em 2002.
Cafu, capitão do penta
CNN Esportes S/A
Com Cafu, capitão do penta, o CNN Esportes S/A chega à 106ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.
Em pauta, os assuntos mais quentes da indústria do mundo da bola, na perspectiva de economia e negócios.

