Assessor especial para Assuntos Internacionais do Planalto reafirma compromisso do Brasil com o multilateralismo
Este conteúdo foi originalmente publicado em Guerra de tarifas ameaça sistema multilateral de comércio, diz Celso Amorim no site CNN Brasil. Política, -agencia-cnn-, Celso Amorim, Guerra tarifária CNN Brasil
O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, criticou nesta quarta-feira (29) a escalada da guerra comercial entre países e reafirmou o compromisso do Brasil com o multilateralismo.
“A guerra de tarifas ameaça de morte o sistema multilateral de comércio. As cadeias globais de produção correm sérios riscos, gerando incertezas que afetam as expectativas de renda e prosperidade de nossas populações”, afirmou Amorim.
A declaração foi feita durante a abertura da reunião dos assessores de segurança nacional do BRICS, realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
O discurso de Amorim ocorre em meio à intensificação das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que vêm anunciando tarifas retaliatórias entre as duas maiores economias do mundo nas últimas semanas.
O assessor presidencial reforçou a posição do governo brasileiro em favor da cooperação internacional como caminho para enfrentar as dificuldades.
“Não podemos regredir a um mundo onde as negociações ocorriam predominantemente de modo bilateral. A despeito dos riscos e das dificuldades, continuamos a apostar no multilateralismo”, complementou Amorim.
BRICS defende multipolaridade
Ainda durante sua fala de abertura, Amorim destacou que o BRICS entra em uma nova fase e deve atuar para fortalecer o multilateralismo e evitar uma ordem internacional instável.
“Nessa nova fase do BRICS, devemos trabalhar para que a multipolaridade seja embasada em um verdadeiro multilateralismo. Não queremos regredir para uma ordem internacional anárquica. Tampouco nos interessa um mundo unipolar, nem desejamos uma nova Guerra Fria”, disse o assessor.
Segundo Amorim, o grupo busca construir uma “nova ordem multipolar” baseada no direito internacional, no respeito mútuo e na coexistência pacífica entre as nações.
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