Quando começou a vender carros no Brasil com o lançamento do Haval H6, a GWM declarou que iria evitar um erro das outras chinesas, evitando mexer no design do carro precocemente e utilizando o mesmo ciclo de vida de um produto das fabricantes tradicionais. Parece que o plan mudou, pois o SUV renovado foi visto em testes nas ruas brasileiras.
Um flagra publicado pelo perfil @placaverde no Instagram mostra uma unidade circulando por São Paulo com uma camuflagem apenas na parte dianteira. É justamente onde está a diferença do GWM Haval H6 reestilizado, alterando somente a frente sem mexer no restante do automóvel.
Os adesivos ajudam a identificar que este é o Haval H6 renovado. Ao contrário da grade atual, mais integrada à carroceria e sem bordas, esta tem caramente uma divisão entre a entrada de ar e as partes metálicas. É até possível ver a parte lateral da grade subindo em direção aos faróis em um ãngulo mais fechado do que o atual.
Outro elemento é o acabamento da grade. Enquanto o carro que já conhecemos usa pequenas linhas pontilhadas na horizontal, a reestilização trouxe barras formadas por pequenos gomos. Podemos não ver os gomos por causa da camuflagem, mas a estrutura que foram está bem óbvia.
Logo abaixo dos faróis e praticamente cobertos por completo estão as luzes em led na vertical, em um estilo que até lembra a identidade que a Peugeot usou em carros como 208 e 2008. Falando nas luzes, os faróis estão descobertos e é possível notar o novo formato da iluminação diurna em led, na parte inferor e com uma linha bem fina subindo ao lado dos projetores.
A traseira causa um pouco de confusão. O modelo chinês foi modificado, perdendo a lanterna interligada para usar um conjunto maior e separado por um emblema da Haval por extenso. Isto não aparece no protótipo, que manteve as lanternas atuais.
Ainda não há fotos da cabine. Se seguir o modelo chinês, receberá um console central sem botões, colocando o carregador wireless onde estava o seletor giratório de marchas. Agora, a escolha da marcha é feita por uma alavanca na coluna de direção. Os controles do ar-condicionado agora estão na central multimídia, que cresceu para usar uma tela de 14,6″.
Existem algumas hipóteses sobre o motivo desta diferença e a mais provável é que a operação brasileira optou por não mexer na traseira. As novas luzes podem ter sido rejeitadas nas clínicas e a GWM Brasil tem autonomia para realizar mudanças – isto já foi feito com o H6 vendido aqui.
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A existência de protótipos testando o carro reestilizado mostra que a GWM pode ter mudado de ideia e irá encurtar o cronograma, renovando o SUV um pouco antes dos quatro anos esperados. Uma estreia no ano que vem seria mais adequada, para acompanhar a chegada do motor híbrido flex, prometida para 2026.
Enquanto isto não acontece, a GWM está finalizando os detalhes para finalmente começar a operação da fábrica em Iracemápolis (SP), marcado para julho. O complexo iniciará a montagem com o H6, adicionando os inéditos H9 e Poer nos meses seguintes.
Quando chegar ao Brasil, deverá continuar com o motor 1.5 turbo combinado ao sistema híbrido com um ou dois propulsores elétricos, podendo chegar a 243 cv na versão HEV e 326 cv nas configurações PHEV.
