Decisão de rever o decreto depende do aval dos líderes do Congresso às medidas alternativas apresentadas pelo governo Macroeconomia, CNN Brasil Money, Congresso, Fernando Haddad, IOF, Luiz Inácio Lula da Silva CNN Brasil
Para “rever” e fazer “calibragem” no decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que precisa que as medidas alternativas tenham o aval dos líderes do Congresso Nacional.
Segundo ele, uma reunião deve acontecer no próximo domingo (8).
“Preciso de pelo menos parte das medidas para rever o decreto. Tenho a lei de responsabilidade fiscal, o arcabouço, uma série de constrangimentos legais que me impõem uma obrigação que tenho que cumprir. No que diz respeito ao ano que vem, temos liberdade. No que diz respeito a esse ano, preciso aguardar uma reunião com os líderes para uma definição definitiva”, afirmou.
O chefe da equipe econômica apresentou o pacote em um almoço com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ministros e parlamentares governistas, nesta terça-feira (3).
“Temos um objetivo, que é dar sustentabilidade ao arcabouço. Devemos ter uma reunião já no domingo com os líderes. Enquanto isso, estaremos trabalhando na Fazenda com análise de impacto e gráficos, para que haja uma compreensão do que estamos dizendo. As propostas precisam ser justas e sustentáveis, estamos cuidando disso”, disse.
Com a repercussão negativa do decreto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, deu, no último dia (29), um prazo de 10 dias para que a equipe econômica proponha uma alternativa.
Com esse prazo, a equipe econômica começou uma corrida para definir propostas alternativas para compensar essa provável perda de arrecadação.
A exigência veio após a insatisfação de parlamentares com o aumento do tributo e a ameaça de derrubada da proposta pelo Legislativo, o que comprometeria os cálculos da equipe econômica. O governo espera arrecadar cerca de R$ 18 bilhões em 2025 com a medida.
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