Embaixadora americana afirmou ao Conselho de Segurança que recusa manterá o sofrimento dos reféns e dos moradores do território Internacional, Cessar-fogo, Estados Unidos, Faixa de Gaza, Guerra de Israel, Hamas, Israel CNN Brasil
Os Estados Unidos pressionaram o Hamas nesta quarta-feira (23) a aceitar a proposta de cessar-fogo para a Faixa de Gaza. Segundo a embaixadora americana na ONU, Dorothy Shea, Israel já concordou com o documento.
“O Hamas precisa aceitar a proposta que está na mesa. Qualquer coisa que não seja isso só perpetuará o sofrimento dos reféns em cativeiro, de suas famílias desesperadas para se unir aos entes queridos e dos moradores de Gaza que merecem viver livres da tirania do Hamas”, comentou Shea durante reunião do Conselho de Segurança da ONU.
A embaixadora disse que os países do conselho precisam pressionar o grupo palestino e que “já passou da hora” de o Hamas soltar os reféns que estão em Gaza.
“Proteger o Hamas da responsabilização prejudica a segurança de Israel, recompensa o terrorismo e não faz nada para melhorar a vida dos palestinos”, comentou.
Steve Witkoff, enviado especial dos Estados Unidos, está a caminho da Europa, onde ele encontrará líderes para discutir o cessar-fogo e a libertação de reféns.
Uma fonte egípcia afirmou à CNN nesta quarta que o Hamas apresentou uma resposta sobre a proposta, mas que ela “não atendeu às expectativas” dos mediadores de Catar e Egito.
Assim, os mediadores pediram que o grupo palestino apresente uma nova resposta.
EUA defendem Israel de acusações de genocídio
Ainda durante a reunião do Conselho de Segurança desta quarta-feira, os Estados Unidos defenderam Israel de acusações de genocídio contra o povo palestino.
Dorothy Shea pontuou que essas alegações são “categoricamente falsas” e têm motivações políticas.
“Elas fazem parte de uma campanha de propaganda deliberada e cínica, enquanto o Hamas tenta obter vitórias simbólicas para compensar a derrota total na guerra. Os Estados Unidos refutam completamente essas alegações”, destacou.
A embaixadora comentou ainda que a morte de civis na Faixa de Gaza é trágica, mas responsabilizou novamente o Hamas.
Diversas instituições têm alertado para o aumento da fome e mortes por desnutrição no território palestino, pedindo que Israel libere maior fluxo de ajuda humanitária para a região.
Em uma declaração conjunta, 111 organizações humanitárias internacionais pediram que Israel ponha fim ao bloqueio de suprimentos. O Ministério das Relações Exteriores israelense rejeitou a nota e a considerou “desconectada da realidade”.
Também nesta quarta, o governo do Brasil manifestou profunda indignação e denunciou “graves e sistemáticas violações de Direitos Humanos e do Direito Humanitário”.
A França foi outro país que criticou a expansão da ofensiva israelense em Gaza, pontuando que ela acelera a degradação da situação humanitária no território.