Policiais civis da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) prenderam um homem de 21 anos suspeito de armazenar material pornográfico de adolescentes e ameaçar ao menos duas vítimas de divulgar nudes delas no Instagram.
Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em Fortaleza (CE), na manhã desta quinta-feira (5/6).
Imagens:
3 imagens
Fechar modal.
1 de 3
Homem é preso por divulgar conteúdo pornográfico
Reprodução2 de 3
Computador apreendido
Reprodução3 de 3
PCDF cumpre mandados de busca, apreensão e prisão em Fortaleza
Reprodução
Operação “Uncover”:
- A Polícia Civil descobriu que o autor iniciou um relacionamento virtual com uma adolescente de 16 anos, após conhecer a vítima no Tiktok.
- Durante a relação, ele teria solicitado vídeos íntimos para a garota. Em seguida, o homem também pediu registros da irmã da vítima.
- Quando ela quis acabar com o relacionamento, o homem passou a persegui-la, fazendo ameaças.
- A adolescente foi obrigada a manter chamadas de voz e vídeo por quase 24 horas, ininterruptamente.
- A Polícia Civil também apurou que as vítimas eram obrigadas a assistir cenas de sexo ou pornografia de outras menores, que também eram vítimas dele.
- Ao tentar encerrar a relação, o criminoso divulgou os nudes e vídeos íntimos das duas para amigos, parentes e pessoas do convívio delas.
- Elas relataram à polícia que ele só parou de enviar os vídeos quando a menor pediu perdão pelo fim do relacionamento.
- A adolescente também informou que ele a obrigou a pedir registros íntimos de uma amiga, residente em São Paulo. Os vídeos dela também foram divulgados pelo criminoso.
Leia também
-
Conheça a Diaba Loira do CV, traficante que meteu bala na PM e fugiu
-
Criminoso é procurado por sequestrar e estuprar adolescente no Entorno
-
Após denúncia de estupro, motoboys destroem distribuidora de suspeito
Prisão
O investigado foi preso em flagrante por armazenar conteúdo pornográfico de adolescentes em dispositivos informáticos. Ele também foi indiciado por constrangimento ilegal, ameaça, perseguição, violência psicológica contra a mulher e corrupção de menores, praticados a distância, por meios digitais. Se condenado, pode pegar até 36 anos de prisão.
O delegado responsável pelo caso, Horácio Duarte, reforçou a necessidade de controle do acesso à internet de crianças e adolescentes pelos pais.
“Deixar os filhos soltos na internet, navegando em aplicativos sem supervisão dos computadores, tablets e celulares, é o mesmo que deixar os filhos largados o dia todo na rua. A internet é um mundo de ruas perigosas e, sem o cuidado e supervisão dos pais, os filhos podem tanto virar vítimas quanto criminosos”, alertou o delegado.