Cerimônia da principal premiação de Hollywood está marcada para o dia 2 de março
Este conteúdo foi originalmente publicado em IA, resgate da web e mais: temporada do Oscar 2025 se destaca por polêmicas no site CNN Brasil. Entretenimento, -bang-showbiz-, #CNNPop, Ainda Estou Aqui, Emilia Perez, Oscar CNN Brasil
Em meio às grandes expectativas dos brasileiros em relação ao Oscar 2025, a temporada se destaca por suas polêmicas, que também incluem a atriz Fernanda Torres. A menos de um mês da maior premiação do cinema, as controvérsias sobre “blackface“, tuítes racistas e o uso de inteligência artificial têm dominado as discussões.
Sobre este último tópico, Brady Corbet, diretor de “O Brutalista” saiu em defesa dos atores Adrien Brody e Felicity Jones, após o filme ser criticado pelo uso de IA. Segundo o editor do longa, Dávid Jancsó, cineastas usaram ferramentas da empresa ucraniana Respeecher para ajustar o diálogo em húngaro dos dois astros, a fim de torná-lo mais autêntico.
“A tecnologia inovadora da Respeecher foi usada apenas na edição do diálogo em húngaro, especificamente para refinar certas vogais e letras com precisão. Nenhum diálogo em inglês foi alterado. Este foi um processo manual, feito pela nossa equipe de som e pela Respeecher na pós-produção. O objetivo era preservar a autenticidade das performances de Adrien e Felicity em outra língua, não substituí-las ou alterá-las, e foi feito com o maior respeito pelo ofício”, disse em um comunicado ao The Hollywood Reporter.
Ao explicar a situação, Jancsó citou questões financeiras: “Sou falante nativo de húngaro e sei que é uma das línguas mais difíceis de aprender a pronunciar. Se você vem do mundo anglo-saxão, certos sons podem ser particularmente difíceis de entender. Diante de restrições financeiras apertadas, o orçamento total do filme foi inferior a US$ 10 milhões, fomos muito cuidadosos para manter as performances deles. É principalmente só substituir letras aqui e ali”, explicou.
Além de “O Brutalista”, o filme “Emilia Perez” também é alvo de muitas críticas em relação à representação dos mexicanos e da transexualidade. Karla Sofía Gascón, que fez história ao se tornar a primeira pessoa transexual a ser indicada ao prêmio de Melhor Atriz, também viu sua campanha sucumbir com as publicações de postagens antigas em suas redes sociais que foram resgatadas pela jornalista Sarah Hagi.
Ela decidiu se manifestar após o ressurgimento mensagens sobre islamismo, diversidade no cinema e George Floyd, americano morto durante uma abordagem policial violenta.
“Quero reconhecer a discussão em torno das minhas postagens antigas nas redes sociais que causaram sofrimento. Como alguém de uma comunidade marginalizada, conheço muito bem essa dor e sinto profundamente por aqueles a quem machuquei. Durante toda a minha vida, lutei por um mundo melhor. Acredito que a luz sempre triunfará sobre a escuridão”, afirmou.
Após o escândalo, a atriz foi excluída da campanha do filme, segundo a revista The Hollywood Reporter.
Fernanda Torres, representante brasileira entre as atrizes indicadas ao grande prêmio por seu papel no filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, também não escapou das polêmicas dessa temporada.
A atriz pediu desculpas publicamente por ter utilizado “blackface” em uma cena exibida pelo programa “Fantástico” há quase 20 anos. A esquete circula nas redes sociais e mostra Fernanda interpretando uma empregada doméstica, com o corpo pintado de preto.
“Lamento imensamente por isso. Estou fazendo essa declaração porque é importante para mim abordar isso rapidamente para evitar mais dor e mal entendido”, afirmou a estrela em uma declaração enviada ao portal Deadline.
“Naquela época, apesar dos esforços dos movimentos e organizações negras, a consciência sobre a história racista e o simbolismo do blackface ainda não havia alcançado o entendimento do público geral no Brasil. Graças a uma melhor compreensão cultural e conquistas importantes, embora incompletas, neste século, está muito claro agora em nosso país e em todos os lugares que o blackface nunca é aceitável”, explicou.
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