Ao longo desta semana, agentes financeiros analisarão uma série de dados econômicos, como o IPCA-15 de agosto, relatório de emprego do Caged e, no cenário externo, o PIB dos EUA Mercado, Bolsa, Câmbio, CNN Brasil Money, Dólar, Ibovespa, Mercado Financeiro CNN Brasil
O Ibovespa avançava nesta segunda (25), com Vale subindo após alta dos futuros do minério de ferro na China, enquanto GPA disparou na abertura após a família Coelho Diniz elevar fatia na empresa e pedir eleição de novo conselho de administração. Já o dólar rondava estabilidade, com investidores atentos ao impasse comercial entre Brasil e EUA e à espera de dados econômicos ao longo da semana.
Às 10h37, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,41%, a 138.536,27 pontos. O contrato futuro do índice com vencimento mais curto, em 15 de outubro, ganhava 0,37%.
No mesmo horário, o dólar à vista subia 0,05%, a R$ 5,4246 na venda.
O GPA divulgou no domingo (24) que acionistas da família Coelho Diniz pediram convocação de assembleia geral extraordinária para decidir sobre a destituição integral do conselho de administração e eleição de novos membros para o colegiado do varejista de alimentos.
Discurso de Powell e juros dos EUA
A moeda brasileira devolvia uma pequena parte do forte ganho obtido na sexta-feira, quando as falas de Powell no simpósio de Jackson Hole, evento promovido pelo Fed, fomentaram as expectativas de que o banco central dos EUA retomará os cortes na taxa de juros a partir de setembro.
Em seu discurso, o chair do Fed reconheceu que os riscos para o mercado de trabalho americano estão crescendo, acrescentando que a perspectiva básica do banco é de que a política monetária será reajustada devido ao seu patamar contracionista.
Powell não indicou quando ou em qual velocidades os juros poderão cair e apontou que os dados a serem divulgados antes da reunião de 16 e 17 de setembro serão fundamentais para determinar a decisão do Fed.
Com o aumento das apostas de redução dos juros por operadores, o que torna ativos dos EUA menos atrativos de forma geral, o dólar recuou 0,99%, a R$ 5,4227, no pregão anterior, o que abria espaço para uma correção de preço nesta segunda-feira.
Dados Econômicos
Ao longo desta semana, os agentes financeiros analisarão uma série de dados econômicos. No Brasil, os destaques serão os números do IPCA-15 de agosto, na terça-feira (26), e o relatório de emprego do Caged, na quinta-feira (28).
Já no cenário externo, os mercados globais avaliarão a segunda estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para o segundo trimestre, na quinta, e dados do índice PCE de julho — o indicador de inflação preferido do Fed –, na sexta-feira.
“O mercado continua especulando sobre a disposição do Fed em cortar juros no mês que vem. O discurso de Powell deixou o caminho em aberto, mas a agenda da semana deve trazer respostas mais objetivas”, disse Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T XP.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,08%, a 97,926.
Cenário doméstico
O mercado doméstico também aguarda novidades sobre o impasse comercial entre Brasil e EUA, à medida que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua tentando negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros.
A percepção dos agentes segue sendo de que as relações bilaterais foram agravadas depois da decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), que, na prática, impede que o ministro Alexandre de Moraes sofra as consequências das sanções econômicas impostas pelos EUA.
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*Com informações da Reuters