Indicador é calculado a partir das avaliações aplicadas pelos estados no âmbito do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada Educação, Alfabetização, Ensino básico, INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), MEC (Ministério da Educação) CNN Brasil
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) antecipou a publicação, nesta terça-feira (12), dos microdados do Indicador Criança Alfabetizada. A publicação complementa a divulgação dos resultados feita em julho deste ano pelo MEC (Ministério da Educação).
O indicador é calculado a partir das avaliações aplicadas pelos estados no âmbito do CNCA (Compromisso Nacional Criança Alfabetizada) e vem sendo divulgado pelo Inep desde 2024. Já os microdados disponíveis no portal do Inep permitem que pesquisadores, gestores e demais interessados tenham acesso detalhado às informações coletadas, possibilitando análises mais aprofundadas sobre a realidade da alfabetização no país.
Como funciona o indicador?
O Indicador Criança Alfabetizada é formado a partir de um teste, no qual cada estudante responde a 16 itens de múltipla escolha e três de resposta construída, sendo uma produção textual. Entre outubro e novembro de 2024, dois milhões de estudantes foram avaliados pelos sistemas estaduais em suas próprias escolas.
O teste avalia se a criança apresenta habilidades básicas de leitura e de escrita. O padrão nacional de alfabetização, que aponta a criança alfabetizada, foi estabelecido em 743 pontos na escala do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), pela pesquisa Alfabetiza Brasil, em 2023, conduzida pelo Inep para determinar o ponto de corte que indica a alfabetização de uma criança ao final do 2º ano do ensino fundamental.
O padrão nacional de alfabetização indica que estudantes que alcançam esse resultado são capazes de ler palavras, frases e textos curtos; localizar informações explícitas em textos curtos (até seis linhas), como em bilhete, crônica e fragmento de conto infantil; inferir informações em textos que articulam linguagem verbal e não verbal, entre outras habilidades.
Meta de alfabetização não foi atingida
Conforme dados divulgados em julho, o Brasil aumentou o número de crianças de até 7 anos alfabetizadas em 2024, mas não atingiu a meta de 60% dos alunos na faixa etária estabelecida pelo governo federal. Os números levantados pelo MEC indicam que 59,2% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental são capazes de ler e escrever textos simples. Em 2023, este índice era de 56%.
Ainda de acordo com o levantamento, 11 estados atingiram a meta de 60% de crianças alfabetizadas projetada para 2024 (em relação a 2023): Ceará, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Piauí, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Sergipe.
Já Rio Grande do Sul, Amazonas, Bahia, Paraná, Pará e Rondônia tiveram desempenho pior do que em 2023. Segundo Camilo Santana, ministro da Educação, as enchentes que acometeram o Rio Grande do Sul no ano passado causaram o descumprimento da meta de alfabetização do país. A tragédia levou o índice de alfabetização do estado desabar de 63,4%, em 2023, para 44,7% em 2024.
No ano passado, o MEC estabeleceu a meta de que todos os estados cheguem a 80% das crianças alfabetizadas até 2030.
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