Chefe da organização de energia atômica do Irã, Mohammad Eslami, publicou carta depois que Israel bombardeou a instalação nuclear iraniana de Arak em ataques noturnos Internacional, Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Armas nucleares, Arsenal nuclear, Irã, Israel, ONU (Organização das Nações Unidas) CNN Brasil
O chefe da organização de energia atômica do Irã ameaça processar o chefe do órgão de fiscalização nuclear das Nações Unidas.
Em uma carta compartilhada pela agência de notícias iraniana Fars, Mohammad Eslami criticou o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, por “inação” durante os ataques de Israel às instalações nucleares iranianas.
A carta foi publicada depois que Israel bombardeou a instalação nuclear iraniana de Arak em ataques noturnos.
“É necessário cumprir seus deveres constitucionais, encerrando imediatamente essa inação e condenando essas ações do regime sionista que são contrárias às regulamentações internacionais”, diz a carta, acrescentando que o Irã “buscará medidas legais apropriadas, especialmente em relação às inações tomadas por Vossa Excelência”.
O chefe da AIEA disse que a agência continuaria a “monitorar e avaliar de perto a situação em relação aos ataques israelenses a instalações nucleares” no Irã e que os inspetores permanecerão no país, prontos para serem enviados a instalações nucleares quando possível.
Grossi acrescentou que estava pronto para “viajar imediatamente e se envolver com todas as partes relevantes” para ajudar a garantir que as instalações nucleares sejam protegidas e usadas para fins pacíficos.
“Para que a AIEA atue, será necessário um diálogo construtivo e profissional, e isso deve acontecer o mais rápido possível”, disse ele.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã também criticou o chefe da agência nuclear da ONU, acusando-o de propagar uma “narrativa enganosa” sobre o programa nuclear iraniano e de se tornar cúmplice da campanha militar israelense.
O porta-voz Esmaeil Baqaei criticou duramente a agência por declarar, em 12 de junho, que o Irã estava violando suas obrigações de não proliferação nuclear, horas antes de Israel lançar seus primeiros ataques às instalações nucleares iranianas.
Baqaei afirmou que o relatório era “absolutamente tendencioso” e havia sido usado como “pretexto” para Israel atacar as “instalações nucleares pacíficas” do Irã.
Em uma entrevista à Al Jazeera na quinta-feira, Grossi negou que as descobertas da AIEA deram sinal verde para Israel atacar o Irã.
