Ao menos 10 palestinos foram mortos em último ataque na terça-feira (21)
Este conteúdo foi originalmente publicado em Israel lança campanha militar na Cisjordânia após cessar-fogo em Gaza no site CNN Brasil. Internacional, Cessar-fogo, Cisjordânia, Conflito Oriente Médio, Hamas, Israel, Palestina CNN Brasil
O exército israelense matou pelo menos 10 palestinos, incluindo uma criança, na Cisjordânia ocupada na terça-feira (21), quando o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, anunciou o início de uma “operação militar em larga escala” na cidade de Jenin – apenas dois dias após o cessar-fogo de Gaza entrar em vigor.
O gabinete de segurança de Israel lançou a ofensiva militar – que envolveu o exército israelense, a polícia e a agência de segurança Shin Bet – para “erradicar o terrorismo em Jenin”, declarou Netanyahu em um comunicado. A operação é chamada de “Muro de Ferro”, afirmou ele.
Em resposta, o Hamas emitiu um comunicado pedindo que “as pessoas na Cisjordânia e sua juventude revolucionária se mobilizem e intensifiquem o confronto com o exército de ocupação em todos os pontos de contato com ele”.
A agência de notícias estatal palestina Wafa informou que aviões de guerra israelenses atingiram Jenin e que forças de Israel, incluindo atiradores de elite e veículos blindados, estavam cercando o campo de refugiados da cidade e impedindo a entrada de ambulâncias.
Vídeos de jornalistas locais mostraram inúmeros veículos blindados, incluindo escavadeiras, entrando em na região.
O Ministério da Saúde Palestino afirmou que pelo menos 10 pessoas — nove homens e um adolescente — foram mortas e 40 ficaram feridas na cidade.
Ainda não está claro se os mortos eram espectadores ou estavam envolvidos em hostilidades com as forças israelenses. Vídeos da cena parecem mostrar que pelo menos dois eram civis que pareciam estar desarmados.
Moradores relataram à CNN que um homem que foi baleado e depois declarado morto em um hospital em Jenin era um civil.
O braço armado da Jihad Islâmica Palestina, Al Quds Brigades, informou que seus combatentes estavam atirando contra as tropas israelenses que avançavam ao redor do campo de refugiados.
A Jihad Islâmica afirmou que a operação militar de Israel é uma tentativa de Netanyahu de salvar sua “coalizão governamental vacilante” e estragar a “alegria” depois que prisioneiros palestinos foram libertos na Cisjordânia como parte da trégua de Gaza.
“Apelamos ao nosso povo em toda a Cisjordânia ocupada para confrontar esta campanha criminosa por todos os meios, frustrar seus objetivos e consolidar a derrota do inimigo ao subjugar a vontade do nosso povo na Cisjordânia e em Gaza”, disse o grupo militante em um comunicado.
Esta última ofensiva ocorre depois que os militares israelenses realizaram uma grande operação militar no norte da Cisjordânia em agosto e setembro. Essa campanha foi chamada de “Operação Acampamentos de Verão”.
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