Voos foram suspensos diante das tensões no Oriente Médio, de acordo com nota da Conib Internacional, Conflito Oriente Médio, Irã, Israel, israel x irã, Voos internacionais CNN Brasil
A Confederação Israelita do Brasil (Conib), em nota publicada nesta segunda-feira (16), afirmou que cerca de 150 mil israelenses estão retidos no exterior sem conseguir retornar a Israel, por conta da suspensão dos voos em meio às tensões no Oriente Médio.
Os serviços aéreos devem ser retomados a partir desta quinta-feira (19), segundo matéria no Times of Israel.
A medida, tomada por segurança, visa evitar aglomerações no aeroporto Ben Gurion — considerado um potencial alvo civil em caso de novos ataques iranianos.
“As companhias aéreas israelenses calculam que podem levar semanas para trazer de volta a Israel todos os que estão retidos no exterior”, compartilhou a Conib.
O Conselho de Segurança Nacional (NSC) orientou os cidadãos israelenses a “não tentarem retornar a Israel por terra”, citando riscos à segurança ao passar pelas fronteiras com o Egito e a Jordânia. Apesar da recomendação, alguns estrangeiros têm deixado o território israelense por essas rotas.
A Israir, uma das principais companhias aéreas do país, cancelou todos os voos até o dia 30 de junho. “A operação para retornar cidadãos israelenses que residem no exterior pode começar perto do final da semana, e talvez não antes do início da semana que vem”, disse Uri Sirkis, CEO da empresa.
Já o CEO da Arkia, Oz Berlowitz, afirmou que os planos de resgate em andamento não serão suficientes para atender à demanda.
“Dois pousos por hora e apenas durante o dia, o que está longe de fornecer uma solução real para a situação. Nesse ritmo, o retorno de todos os israelenses pode levar muitas semanas ou até mais”, destacou.
Veja linha do tempo do conflito entre Israel e Irã
Sexta-feira (13) — Primeiro dia
Na madrugada de sexta-feira (13) Israel utilizou 200 caças em seu ataque, lançando mais de 330 “munições diversas” e atingindo mais de 100 alvos em todo o Irã, informou a Força de Defesa de Israel (IDF, em inglês).
A ofensiva teve como alvo os principais líderes militares iranianos e os cientistas nucleares de alto escalão.
A maior instalação de enriquecimento de urânio do Irã, a instalação nuclear de Natanz, foi atingida — mas não houve nenhum aumento nos níveis de radiação detectado, afirmou o órgão de vigilância nuclear da ONU (AIEA na sigla em inglês).
Teerã respondeu disparando mais de 100 drones em direção ao território israelense, segundo a IDF.
Ainda na sexta-feira, Israel declarou estado de emergência, fechando escolas, proibindo aglomerações e desaconselhando trabalhos não essenciais, a situação foi estendida até o final de junho.
Já no primeiro dia o espaço aéreo dos dois países, e também da Jordânia, foi fechado.
Sábado (14) — Segundo dia
Na madrugada do sábado (14) Israel lançou uma nova onda de ataques aéreos contra 150 alvos em todo o Irã.
Nesse meio tempo, os Estados Unidos confirmaram ter utilizado seu poderio militar para bloquear parte dos ataques com mísseis e drones lançados por Teerã contra o território israelense.
Em resposta, o governo iraniano ameaçou atingir interesses dos Estados Unidos, Reino Unido e França na região caso os países impeçam retaliações.
Durante a noite, os iranianos dispararam uma “chuva de mísseis” contra o território israelense que atingiu alvos militares em diversos locais, incluindo Jerusalém e Tel Aviv. A ofensiva também atingiu prédios habitados por civis.
Domingo (15) — Terceiro dia
Já na madrugada de domingo (15), ainda noite de sábado no Brasil, Israel afirmou ter atingido a sede do Ministério da Defesa iraniano, na capital Teerã.
Os Houthis, do Iêmen, aliados dos iranianos, afirmaram que atacaram Jaffa, no centro de Israel, com vários mísseis balísticos nas últimas 24 horas, em coordenação com o Irã.
Em resposta, Israel lançou uma nova ofensiva em Teerã, atingindo o centro da cidade e alvos militares.
Ainda no domingo, fontes do governo americano, afirmaram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vetou um plano israelense para matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
Após o ataque mais recente de Israel, Teerã confirmou a morte do chefe e do vice de inteligência da Guarda Revolucionária do país.
Segunda-feira (16) — Quarto dia
Nesta segunda-feira (16) Israel afirmou ter conseguido destruir um terço dos lançadores de mísseis iranianos, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o país controla o espaço-aéreo do Irã.
No início da noite desta segunda-feira (horário local), ainda tarde no Brasil, as Forças de Defesa de Israel identificaram novos mísseis no norte de seu território, vindos do Irã e orientaram a população a se abrigar.
Pouco depois, o Exército afirmou ser seguro sair dos locais protegidos.
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1 de 7Quase todas as casas na rua em Tamra tiveram suas janelas quebradas pelo impacto da greve • Zeena Saifi/CNN via CNN Newsource
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2 de 7Um homem está dentro de uma sala danificada depois que mísseis disparados do Irã atingiram um prédio residencial em Tamra, no norte de Israel, em 15 de junho de 2025 • Ammar Awad/Reuters via CNN Newsource
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3 de 7O prédio de três andares onde a família Khatib morava foi quase completamente destruído pelo ataque do míssil • Zeena Saifi/CNN via CNN Newsource
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4 de 7Equipes de emergência e segurança dentro de um prédio danificado após mísseis disparados do Irã atingirem um prédio residencial, em Tamra, norte de Israel, em 15 de junho de 2025 • Ammar Awad/Reuters via CNN Newsource
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5 de 7Homens caminham perto de um veículo danificado no local do impacto após ataque de míssil do Irã em Tamra, norte de Israel, em 15 de junho de 2025 • Ammar Awad/Reuters via CNN Newsource
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6 de 7Vidros se estilhaçaram dentro da casa de Raghad, ao lado da casa de Khatib que foi atingida • Zeena Saifi/CNN via CNN Newsource
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7 de 7Homens caminham após mísseis disparados do Irã atingirem um prédio residencial em Tamra, norte de Israel, em 15 de junho de 2025 • Ammar Awad/Reuters via CNN Newsource