Autoridades israelenses interceptaram flotilha humanitária rumo a Gaza com deputada do PT e ativista brasileiro; Brasil diz que operação viola direitos e põe integridade física dos manifestantes em risco Política, -agencia-cnn-, Ajuda humanitária, Faixa de Gaza, Flotilha, Greta Thunberg, Israel, Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores, Palestina CNN Brasil
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro, o Itamaraty, condenou na quarta-feira (1º) a operação militar israelense que interceptou a flotilha Global Sumud, embarcação que levava manifestantes em missão humanitária rumo à Faixa de Gaza. Entre os brasileiros a bordo, estavam a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e o ativista Thiago Ávila.
“O governo brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica. No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas”, disse o Itamaraty em nota.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou acompanhar a situação com preocupação e pediu ainda para que Israel libere de forma imediata e “incondicional” todas as restrições à entrada e distribuição de ajuda humanitária na região. O governo brasileiro também relembrou o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, e destacou o “caráter pacífico” da flotilha.
Segundo o Itamaraty, a Embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com autoridades israelense para prestar a assistência consular cabível aos brasileiros presentes na embarcação.
Flotilha Global Sumud
A flotilha Global Sumud é uma iniciativa formada por civis com o objetivo de romper o cerco feito por Israel a Gaza por mar e abrir um corredor humanitário. Segundo o site oficial da organização, trata-se da “maior flotilha civil coordenada da história” e conta com barcos que saíram de vários portos ao redor do mundo. Pessoas de 57 países participam da missão.
“Nossos esforços se baseiam em décadas de resistência palestina e solidariedade internacional. Embora pertençamos/tenhamos diferentes nações, crenças e convicções políticas, estamos unidos por uma única verdade: o cerco e o genocídio devem acabar”, diz o grupo, que conta com a participação da ativista sueca Greta Thunberg.
Na quarta (1º), militares israelenses interceptaram vários navios da flotilha. O Ministério das Relações Exteriores anunciou que os passageiros estavam sendo “transferidos para um porto israelense”.