Com o nome artístico Djo, artista falou com a CNN sobre o álbum “The Crux”, o terceiro da carreira
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Joe Keery, conhecido principalmente como Steve Harrington em “Stranger Things”, não tem fãs apenas pelos trabalhos na TV, mas também em shows e festivais em que se apresenta como Djo.
Em entrevista à CNN, o ator e cantor falou sobre “The Crux”, seu terceiro álbum da carreira, lançado no último dia 4, com um forte tom emocional e sonoridade que remete aos anos 1960 e 1970.
O projeto, criado durante alguns trabalhos como ator, incluindo as filmagens da próxima última temporada de “Stranger Things”, carrega tons de solidão e, ao mesmo tempo, de pertencimento. “É como um diário”, disse. “Escrever músicas é uma forma de catarse, uma maneira de colocar tudo para fora”.
Segundo ele, suas relações ganharam novos significados após passar temporadas longe da família e amigos — e “The Crux”, (“O Crucial”, em tradução livre), é uma tentativa de registrar isso em música.
“Acho que existe alguma coisa quando envelhecemos que faz você apreciar as coisas de uma forma diferente”, refletiu. “Pelas circunstâncias da minha vida, nos últimos anos, me senti ainda mais grato [pelos amigos e familiares], pontuou. Uma delas é, justamente, seu colega de cena na série da Netflix, que ganhou uma música inteiramente dedicada a ele.
Influências de “Stranger Things” e o passado
A faixa “Charlie’s Garden” nasceu quando Keery foi vizinho do casal de atores Charlie Heaton e Natalia Dyer (Jonathan Byers e Nacy Wheeler), durante as filmagens da série, em Atlanta, nos EUA.
Em relação à sonoridade dos anos 1960 e 1970, resultado de sua “fixação por composições antigas” e a escolha de gravar o álbum inteiramente em estúdio, o artista explicou que ficou “obcecado na ideia de fazer um álbum de estúdio, tipo Steely Dan, Beach Boys, AC/DC… Queria que fosse totalmente centrado no estúdio e fugir o máximo possível do computador”.
Suas inspirações também aparecem no tom “cinematográfico” do visual do disco. À CNN, ele imaginou “The Crux” como um filme semelhante a “Slacker”, de Richard Linklater, e “no estilo Robert Altman, com um grande elenco de personagens vivendo em um hotel”, imaginou.
“Um filme meio que sobre nada: no começo, alguém faz check-in, e a gente acompanha a vida das pessoas por lá, até que, no fim, elas simplesmente vão embora.”
Conexão com fãs e possível turnê no Brasil
Fã de Tim Maia e Marcos Valle, Djo Djo está em turnê pelos Estados Unidos e Europa, mas veio ao Brasil em 2019 para a CCXP, e deu esperanças sobre voltar ao país com o novo projeto. “Eu acho que é algo bem possível. Quem sabe o que vai acontecer? Mas torço para que sim”.
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