Decisão do desembargador considerou que o agente cumpriu as condições da liberdade provisória São Paulo, -agencia-cnn-, Justiça, PM (Polícia Militar), São Paulo (estado) CNN Brasil
A Justiça de São Paulo decidiu manter em liberdade o policial militar que matou a tiros Guilherme Dias Santos Ferreira, jovem negro de 26 anos. Fábio Anderson Pereira de Almeida teve liberdade a provisória mantida em decisão do desembargador Marco de Lorenzi, da 14ª Câmara de Direito Criminal.
O caso aconteceu no extremo Sul de São Paulo, logo depois da vítima sair do trabalho, na noite 4 de julho. O policial foi preso em flagrante após a morte, porém pagou uma fiança de R$ 6.500 e foi liberado.
Na decisão, publicada no dia 27 de agosto deste ano, o desembargador destacou que, após a soltura, Fábio permaneceu à disposição da Justiça sem descumprir as condições impostas à liberdade provisória. A autoridade observou ainda que, passados mais de quarenta dias da soltura, não foram apresentadas novas evidências que justificassem a volta da prisão preventiva.
Relembre o caso
Guilherme foi morto com um tiro na cabeça após o PM reagir a uma tentativa de assalto em que a vítima não estava envolvida. Câmeras de segurança registraram o momento em que o policial atira contra dois suspeitos que estavam em uma moto.
Outro trecho mostra Guilherme e outros dois amigos correndo minutos após os disparos. O tiro que acertou a cabeça do jovem foi disparado em um momento seguinte, não registrado pelas câmeras de segurança.
Segundo informações da SSP, o policial efetuou disparos para dispersar um grupo de suspeitos que estavam em motocicletas e teriam se aproximado dele para realizar um assalto. Em seguida, ainda no local, o agente da Polícia Militar viu Gabriel se aproximando e atirou novamente.
Guilherme Dias Santos Ferreira levava uma bolsa contendo um livro, remédios, itens de higiene e um recipiente de marmita no momento em que sofreu os disparos. Os pertences foram encontrados ao lado de seu corpo. Junto com a bolsa, estava a carteira, o telefone celular e suas chaves.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo

