Paulo Jabour Maluf e Álvaro Jabour Maluf foram presos na quinta-feira (21), suspeitos de participarem de um esquema bancário milionário São Paulo, -agencia-cnn-, Dinheiro, fraude CNN Brasil
Os irmãos Paulo Jabur Maluf e Álvaro Maluf Júnior foram soltos pela Justiça nesta segunda-feira (25). Ambos são suspeitos de fazer parte de um esquema de fraude bancária milionária e ocultação de patrimônio envolvendo a Camisaria Colombo.
Paulo e Álvaro Maluf foram presos pela Polícia Civil na última quinta-feira (21), durante a “Operação Fractal”. Mais de 20 policiais da Delegacia de Crimes Cibernéticos cumpriram mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em São Paulo, Birigui, Avaré e Brasília.
A defesa de Paulo afirmou que tomou conhecimento da expedição do mandato de prisão e disse que o suspeito se apresentou espontaneamente à autoridade policial para esclarecer todas as transações que geraram a adoção da medida.
“Há plena confiança na Justiça e mais firme convicção de que a sua inocência será demonstrada ainda na fase policial, até mesmo para estancar quaisquer dúvidas que surjam sobre o referido desacordo comercial”, afirmou a nota do advogado Daniel Bialski.
Em nota, o advogado de Álvaro disse que ele não teve qualquer participação nos fatos atualmente investigados. “A defesa continuará a adotar todas as medidas jurídicas necessárias para comprovar, de forma definitiva, sua completa inocência”, completou.
Entenda o caso
De acordo com as investigações, os suspeitos exploraram uma fragilidade no sistema da instituição financeira. Eles possuíam 5 milhões de reais em uma conta e, ao realizar transferências para terceiros, o valor original não era debitado na origem. Isso permitiu que o capital fosse “multiplicado”.
A camisaria Colombo contratou uma empresa terceirizada para gestão de pagamentos. Os proprietários da empresa têxtil utilizavam as credenciais para realizar múltiplas transações em um curto espaço de tempo. O dinheiro chegava ao destino, mas o banco de origem não registrava o débito devido a uma “brecha” ou “lapso no sistema”.
A fraude ocorreu durante 21 dias, em outubro de 2023. O valor total transferido foi de R$ 26 milhões. Com um capital inicial de R$ 5 milhões, eles conseguiram replicar o valor, gerando um prejuízo de pouco mais de R$ 21 milhões para a Pag Bank. Foram realizadas mais de 2500 transações, segundo os investigadores.
Segundo a Polícia, Paulo estava à frente das operações: “O Paulo estava à frente e segundo a investigação, o Álvaro também tinha conhecimento e até porque o dispositivo dele também foi utilizado para acessar a conta da BS Capital, que é a empresa investigada”, explicou o delegado Maicon Richard de Moraes, delegado assistente da divisão de investigações de crimes Ciberneticos.
Deste modo, chega a três o número de presos na ação. Bruno Gomes de Souza, dono da empresa financeira BS Capital também foi preso nesta quinta-feira. A polícia ainda procura por Mauricio Miwa, ex-funcionário da camisaria Colombo, que hoje presta serviços aos irmãos, e está viajando ao exterior.

