Opel Kadett usado no filme brasileiro indicado ao Oscar é um modelo raro
Este conteúdo foi originalmente publicado em Kadett que aparece em “Ainda Estou Aqui” é considerado raro; entenda razão no site CNN Brasil. Auto CNN Brasil
O filme “Ainda Estou Aqui” entrou para a história do cinema brasileiro ao receber três indicações ao Oscar 2025, recorde para uma produção nacional. O longa vai disputar as categorias de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com Fernanda Torres.
Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, o longa conta a história de Eunice e Rubens Paiva, um ex-deputado que foi vítima do regime militar brasileiro nos anos 1970. Como era de se esperar, a obra retrata o Brasil daquela época, com direito a vários carros clássicos como Volkswagen Fusca e Chevrolet Opala. Mas um modelo raro chama bastante atenção na obra.
Trata-se de um Opel Kadetti L 1968, veículo que foi vendido via importadoras independentes. Poucos anos após a data retratada no filme, as importações foram proibidas que torna o carro ainda mais raro. Em Ainda Estou Aqui, o carro aparece em várias cenas sendo conduzido por Fernanda Torres, na versão cupé com pintura vermelha brilhante.
O Kadett foi produzido pela marca alemã Opel, que naquela época pertencia à General Motors. O carro que aparece no filme é conhecido como “Kadett B”, da terceira geração do modelo. A carroceria cupê, uma das oito oferecidas pela Opel na época, é marcada por cromados e um interior aprimorado, características que destacam o modelo.
Com motor 1.1 de quatro cilindros e 60 cv de potência, aliado a um câmbio manual de quatro marchas, o Opel Kadett oferece uma estética vintage que combina perfeitamente com a narrativa da obra. Por sinal, de fato o carro pertenceu à família de Rubens Paiva e o uso na obra não é uma licença poética.

O modelo utilizado em “Ainda Estou Aqui” é alugado da empresa Veículos em Cena, especializada na locação de automóveis para filmes, novelas, cinema e comerciais. Por sinal, mais de 20 carros antigos foram usados no filme, que também chegou a interromper parte do Leblon para as gravações em 2023. Na época, trechos de dezenas de modelos coloridos na praia carioca viralizaram nas redes sociais.
O Opel Kadett B foi lançado em 1965 no Salão do Automóvel de Frankfurt e foi produzido até 1973. Além da carroceria cupé, também era vendido nas versões perua, sedã e fastback duas e quatro portas. Tinha 4,18 m de comprimento e 2,42 m de distância entre-eixos.
Kadett e cultura automotiva
Com a proibição de carros importados em 1976, modelos da Opel tornaram-se ainda raros no Brasil. Nos anos 1980, contudo, a GM optou por vender alguns modelos da alemã, sob a marca Chevrolet. Em 1989, o Chevrolet Kadett foi lançado de forma oficial no Brasil. Era a sexta geração europeia, bem mais avançada que a utilizada no filme.

Além do Kadett, a perua Ipanema e o sedã grande Omega chegaram ao Brasil, todos projetos originais da Opel. Um dos carros de maior sucesso da Chevrolet no país também tem um pé alemão. O Chevrolet Monza brasileiro foi criado a partir de um Opel Ascona.
O Kadett saiu de linha no Brasil em 1998, com um total de 459.068 produzidos por aqui. Ele deu lugar ao Chevrolet Astra, também um projeto originário da Opel. Atualmente a marca alemã pertence ao grupo Stellantis.
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1 de 10“Anora” • Reprodução
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2 de 10“O Brutalista” • Divulgação
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3 de 10“Conclave” • Divulgação
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4 de 10“Um Completo Desconhecido” • Divulgação/20th Century
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5 de 10“Duna: Parte 2” • Reprodução/Warner Bros.
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6 de 10“Emilia Pérez” • Divulgação
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7 de 10“Ainda Estou Aqui” • Divulgação
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8 de 10“Nickel Boys” • Divulgação
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9 de 10“A Substância” • Divulgação/Imagem Filmes
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10 de 10“Wicked” • Divulgação
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