Além do Capacete de Cotofenesti, três pulseiras de ouro de 2 mil anos também foram levadas
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ladrões invadem museu e roubam antiguidades, incluindo elmo de 2.500 anos no site CNN Brasil. Internacional, Holanda, Museu, Países Baixos, Romênia CNN Brasil
Ladrões roubaram quatro artefatos antigos, incluindo um capacete de ouro de aproximadamente 2.500 anos, após usar explosivos para invadir um museu na Holanda.
O assalto ocorreu no Museu Drents, na cidade de Assen, durante as primeiras horas da manhã do sábado (25), de acordo com a polícia holandesa, que disse ter recebido um relato de uma explosão às 3h45, horário local.
Imagens de CFTV divulgadas pela polícia mostram os suspeitos abrindo uma porta externa antes de uma explosão lançar faíscas e fumaça no ar. Os ladrões fugiram com três pulseiras de ouro, datadas de cerca de 50 a.C., bem como o Capacete de Cotofenesti do século V a.C., um artefato historicamente importante emprestado pelo Museu Nacional de História da Romênia.
Os itens faziam parte de uma exposição sobre os dácios, uma sociedade antiga que ocupou grande parte da atual Romênia antes de ser conquistada pelos romanos. Em exposição desde julho, “Dácia: Império de Ouro e Prata” apresentou tesouros emprestados de instituições por toda a Romênia.
Em um comunicado à imprensa em seu site, o Museu Drents descreveu o Capacete de Cotofenesti – que foi descoberto em uma vila romena há quase um século – como uma “obra-prima”. Seu design apresenta cenas mitológicas e um par de olhos, pensados para deter os inimigos durante a batalha, ao mesmo tempo em que protegiam contra o “mau-olhado”.
A exposição estava marcada para terminar no domingo (26), embora o Museu Drents tenha permanecido fechado durante o fim de semana devido ao roubo. Suas instalações foram danificadas pela explosão, embora nenhum ferimento tenha sido relatado, disse o museu.
A polícia da Holanda anunciou que está trabalhando com a agência policial global Interpol e, até domingo, recebeu mais de 50 denúncias. Os investigadores estão atualmente procurando informações sobre um carro cinza que foi roubado da cidade vizinha de Alkmaar no início da semana e foi descoberto a cerca de quatro milhas da cena do crime, em chamas, logo após o assalto noturno.
A polícia acredita que os suspeitos abandonaram o veículo, que tinha placas roubadas, e fugiram em um carro de fuga diferente.
Em uma declaração à imprensa, o diretor geral do Museu Drents, Harry Tupan, descreveu o incidente como um “dia negro” — tanto para sua instituição quanto para o Museu Nacional de História da Romênia.
“Estamos intensamente chocados com os eventos da noite passada no museu”, ele acrescentou. “Em seus 170 anos de existência, nunca houve um incidente tão grande. Isso também nos traz uma enorme tristeza em relação aos nossos colegas na Romênia.”
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