A família de Laura Rebeca Ribeiro dos Santos, de 1 ano e 4 meses, morta asfixiada nesta quinta-feira (11/12), em Ceilândia, após ter sido deixada sob a responsabilidade de uma cuidadora em uma creche particular clandestina, busca assimilar a informação de que a bebê não voltará para casa. A avó paterna de Laura, Aparecida Maria, 51 anos, relatou ao Metrópoles que todos estão arrasados e definiu o caso como revoltante e inexplicável. “Não tem como entender uma pessoa cuidar de uma criança e deixá-la morrer asfixiada daquele jeito. Estamos arrasados. A Laurinha era alegre, cheia de saúde. É muito difícil.”
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Aparecida conta que recebeu uma ligação desesperada da mãe da menina, informando que Laurinha havia morrido, horas depois da criança ser deixada com uma mulher que cobrava para cuidar de crianças na própria casa. De acordo com informações preliminares, a menina teria ficado presa ao cinto do bebê conforto, enquanto dormia e morreu asfixiada.
Ao chegar ao local acompanhada pelo filho, a avó encontrou a bebê no sofá, já sem vida. “Ela estava com um hematoma muito grande no pescoço. É revoltante, porque quando a gente deixa um filho numa creche ou com alguém para cuidar, espera que seja bem cuidado. É muito triste, é lamentável”, disse.
A mãe da menina sempre deixava a criança com parentes para poder trabalhar, mas neste dia, ninguém da família pôde ficar com a bebê. A mãe recorreu então a uma cuidadora particular.
Segundo a avó, foi a primeira vez que a criança ficava sob responsabilidade da cuidadora, já que a mãe precisava trabalhar.
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A bebê de apenas 1 ano e 5 meses morreu, na tarde desta quinta-feira (11/12), enquanto estava sob supervisão de uma cuidadora.
| BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
De acordo com informações preliminares, a menina teria ficado presa ao cinto da cadeirinha, conhecida como bebê conforto, enquanto dormia e morrido asfixiada.
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O caso ocorreu em Ceilândia
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O local foi preservado pela Polícia Militar até a chegada da Polícia Civil do DF. O caso é investigado pela 24ª DP
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A família aguarda os resultados do IML e da perícia para entender exatamente o que aconteceu. Segundo Aparecida, a cuidadora apresentou versões diferentes sobre o caso e não se comunicou diretamente com os familiares. “Ela ficou o tempo todo com a mão no rosto, como se não quisesse que ninguém a reconhecesse.”
A mãe da menina, Lorrany Stephane, também fez um forte desabafo e disse estar sem chão. “A Laura nunca ficou com pessoas desconhecidas e nunca tinha deixado ela em uma creche, mas ontem minha vó saiu e eu não tinha como deixar ela com minha mãe e nem com meu filho de 9 anos, por ser uma criança. Eu precisava sair para trabalhar e fui atrás dessa cuidadora. Foi até uma moça do salão que me indicou, dizendo que ela era referência e a casa dela tinha câmera, que eu podia deixar lá e confiar. Aí ela [a cuidadora] falou que eu não precisava me preocupar, que me mandaria fotos da Laura”, explicou.
Entenda o caso
Uma bebê de apenas 1 ano e 4 meses morreu, na tarde desta quinta-feira (11/12), enquanto estava sob supervisão de uma cuidadora. O caso aconteceu na QNO 6 conjunto P no Setor O, em Ceilândia.
A principal hipótese é que a bebê morreu enforcada no cinto do bebê conforto, enquanto dormia.
O local foi preservado pela Polícia Militar até a chegada da Polícia Civil do DF. O caso é investigado pela 24ª DP.

