Caso envolveu diversas decisões judiciais entre agosto de 2022 e novembro de 2025 São Paulo, -agencia-cnn-, Homicídio, julgamento, Leandro Lo, PM (Polícia Militar), TJSP CNN Brasil
O octacampeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo foi baleado fatalmente na cabeça em agosto de 2022, durante um show em São Paulo. O autor do disparo foi o ex-tenente da PM Henrique Otavio Oliveira Velozo.
Segundo as investigações, Lo derrubou Velozo durante uma discussão, e o policial retornou armado, atirou e chutou o lutador, que estava desacordado.
Após três dias de julgamento em novembro de 2025, o Tribunal do Júri absolveu Velozo por maioria de votos, acatando a tese da defesa de que ele teria agido em legítima defesa.
O ex-PM foi solto no último sábado (15). A mãe da vítima, Fátima Lo, repudiou a absolvição, afirmou se sentir “humilhada” e garantiu que a família irá recorrer da decisão.
Veja linha do tempo do caso
Caso Leandro Lo: entenda como funcionam absolvições em tribunais do júri
O Tribunal do Júri de São Paulo absolveu o ex-tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo da acusação de homicídio do lutador Leandro Lo, acatando a argumentação de que o réu teria agido em legítima defesa.
A decisão do Conselho de Sentença, proferida após três dias de deliberação, gerou profundo repúdio na família, com a mãe da vítima, Fátima Lo, manifestando que irá recorrer do veredito.
Por que júri absolveu policial acusado de matar lutador Leandro Lo? Entenda
O tribunal do júri é a instituição responsável por julgar crimes dolosos contra a vida, como o homicídio, sendo composto por um juiz e 25 jurados alistados, com sete deles formando o Conselho de Sentença. As decisões são tomadas por maioria de votos.
A absolvição é regulamentada, em parte, pela legislação processual penal. Após a instrução e os debates, o Conselho de Sentença é questionado sobre a materialidade do fato, a autoria ou participação, e se o acusado deve ser absolvido.
Uma decisão de absolvição é firmada quando “a resposta afirmativa ao quesito genérico de absolvição é dada por mais de 3 jurados”. A absolvição pode ocorrer se o júri reconhecer causas excludentes do crime, como a legítima defesa, conforme alegado pela defesa de Velozo.
No contexto da negativa da família, que se sentiu humilhada e acusou a defesa de mentir, o recurso cabível contra a decisão do Júri é a apelação.
A apelação pode acontecer se quando a decisão dos jurados for “manifestamente contrária à prova dos autos”. Se o Tribunal superior der provimento a este recurso, o réu será submetido a um novo julgamento.

