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Lenacapavir: entenda o diferencial do novo tratamento para prevenir HIV 

Última atualização: 14 de julho de 2025 11:05
Published 14 de julho de 2025
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Antes usada apenas em pessoas já infectadas, droga passa a integrar a PrEP nos Estados Unidos e pode facilitar a adesão ao método preventivo  Saúde, Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), HIV, Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) CNN Brasil

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Estima-se que quase 40 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV no mundo. Só em 2023, 1,3 milhão de novos casos foram identificados, segundo as estimativas mais recentes do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Apesar dos avanços no tratamento nas últimas quatro décadas, novas estratégias se fazem necessárias.

A mais nova promessa é o lenacapavir, aprovado em junho pela Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, como mais uma alternativa de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da Aids. A decisão foi tomada após análise de dois ensaios clínicos de fase 3 que apontaram uma eficácia de 99,9% na prevenção da infecção.

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Desenvolvido pela farmacêutica Gilead Sciences, sediada nos EUA, o lenacapavir já era comercializado no país norte-americano desde 2022, mas indicado apenas para pessoas infectadas com resistência a antirretrovirais comuns.

O medicamento atua por um mecanismo diferente: enquanto a maioria dos antirretrovirais interfere na produção do material genético do HIV, o lenacapavir impede a formação do chamado capsídeo, estrutura que guarda o RNA do vírus e possibilita sua entrada no interior das células. Ao bloquear esse processo, o HIV é impedido de se replicar, o que mantém a infecção controlada.

Projetado para ser armazenado no tecido adiposo do usuário (sobretudo no abdômen, onde a injeção é geralmente aplicada), o lenacapavir é liberado de forma lenta no organismo, garantindo sua ação por até seis meses. Após esse período, é necessária apenas uma nova aplicação para manter o efeito protetor.

Diante dos bons resultados no tratamento, a Gilead decidiu testar o medicamento também como ferramenta de prevenção. Cinco ensaios clínicos estão em andamento, sendo que dois deles – PURPOSE 1 e PURPOSE 2 – já apresentaram resultados preliminares.

O PURPOSE 1 acompanhou 2.134 mulheres cisgênero na África do Sul e em Uganda, com eficácia de 100% na prevenção do HIV entre as voluntárias. Já o PURPOSE 2 incluiu 2.179 homens e mulheres nos EUA, Argentina, México, Peru, Porto Rico, África do Sul, Tailândia e Brasil, e registrou apenas dois casos de infecção pelo HIV, indicando eficácia de 99,9%.

“A grande vantagem do lenacapavir é a sua posologia [forma de uso]. A adesão ao tratamento preventivo é facilitada, à medida que ele exige apenas duas doses de uma injeção, espaçadas por seis meses cada”, explica o infectologista Moacyr Silva Junior, do Einstein Hospital Israelita. “A PrEP usual depende que o usuário tome um comprimido diário para se manter protegido. Caso a pessoa esqueça ou não consiga tomar sua dose, ela pode ficar mais suscetível à infecção”.

O médico destaca, no entanto, que os estudos utilizados pela FDA contam com uma amostra relativamente pequena. “É possível que, em uma aplicação populacional real, essa taxa de eficiência seja um pouco menor do que os 99,9% obtidos nos ensaios”, alerta.

Chegada do lenacapavir ao Brasil

O lenacapavir ainda não está disponível no mercado nacional. No último dia 3 de abril, a Gilead divulgou que havia enviado o pedido de registro à Anvisa. Em nota enviada à Agência Einstein, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse: “Existem dois pedidos de registro de produto contendo o referido ativo. Um na forma farmacêutica solução injetável e o outro na forma farmacêutica de comprimidos.”

Embora ambos os usos estejam sendo tratados como “prioritários”, a solicitação inicial para o lenacapavir não incluía a indicação como PrEP. Isso significa que a decisão sobre a ampliação do uso para a profilaxia pré-exposição poderá levar mais tempo do que a liberação para pacientes com histórico de tratamento intensivo e resistência a múltiplas classes de antirretrovirais, já que a análise só poderá avançar após o registro ser concedido.

Para Moacyr Silva, a aprovação do lenacapavir por aqui é apenas uma questão de tempo. “O Brasil tem um programa de IST/Aids bastante robusto, então, acredito que esse produto deve chegar em breve no nosso rol de medicamentos tanto para uso no coquetel de tratamento quanto para a prevenção do vírus”, afirma o infectologista.

Desde 2018, a PrEP é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mediante acompanhamento médico regular. Dados do Painel PrEP, do Ministério da Saúde, mostram que cerca de 165.473 pessoas utilizaram pelo menos uma dose dos medicamentos preventivos em 2024. Para efeito de comparação, em 2020 esse número era de 26.585, o que representa um aumento de 522%.

O número de municípios que oferecem a PrEP também cresceu: em 2020, 177 cidades disponibilizavam os medicamentos preventivos; quatro anos depois, já eram 659. Embora a maioria dos usuários sejam homens cisgênero homoafetivos (81%), a PrEP também é utilizada por homens cis heterossexuais (7,9%), mulheres cis (6,1%), mulheres trans (2,7%) e homens trans (1,6%). Em relação à faixa etária, o grupo predominante está entre 30 e 39 anos (42,3%), seguido por pessoas de 25 a 29 anos (22,2%) e de 40 a 49 anos (18%).

Preço é ponto de atenção

Uma das preocupações em relação ao lenacapavir é o preço do medicamento. Em reportagem publicada no último dia 18 de junho, o The New York Times revelou que a profilaxia pré-exposição com a droga terá o valor de US$ 28.218 nos Estados Unidos, segundo informou a Gilead ao jornal.

Contudo, em nota divulgada na mesma data, a fabricante disse que, nos EUA, “está trabalhando em estreita colaboração com seguradoras, sistemas de saúde e outros pagadores com o objetivo de garantir uma ampla cobertura de seguro para o Yeztugo [nome comercial do lenacapavir no país]. Em comunicado, o Unaids ressalta que, por mais revolucionário que seja, o produto precisa ser acessível à população para garantir uma chance real de acabar com o vírus.

Há, no entanto, caminhos para contornar esse impasse. “É comum que, logo que uma medicação nova surge, seu valor de produção seja bastante elevado. Por isso, também é uma prática comum investir na sua quebra de patente, permitindo o desenvolvimento de medicamentos genéricos, de valor mais acessível”, observa o especialista do Einstein. No Brasil, isso já foi feito no passado com o antirretroviral efavirenz.

Um estudo ainda não revisado por pares divulgado pela revista The Lancet indica que versões genéricas do lenacapavir poderiam reduzir o preço anual por pessoa para valores entre US$ 35 e US$ 46. O avanço na tecnologia de produção e o aumento da demanda poderiam ainda baixar o custo para US$ 25 por pessoa ao ano.

“Junto das estratégias de prevenção combinada, como o uso de preservativos e as testagens regulares, a PrEP revolucionou o combate ao HIV e à Aids. Por isso, acredito que a adição do lenacapavir pode ser bastante promissora na redução do problema e na promoção do bem-estar daqueles que convivem com a infecção”, avalia Moacyr Silva.

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