Durante ato da direita, governador defendeu anistia para Jair Bolsonaro e criticou o que chamou de “tirania” do ministro Alexandre de Moraes Política, 7 de Setembro, Lindbergh Farias, Tarcísio de Freitas CNN Brasil
O líder do PT (Partido dos Trabalhadores) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta terça-feira (9) que o avanço da anistia no Congresso Nacional “perdeu força” após as falas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante ato do 7 de setembro, no último domingo, na capital paulista.
“Caiu a máscara dele [Tarcísio]. Agora ele age como um militante de extrema-direita e antidemocrático. Depois das declarações do Tarcísio todo aquele ímpeto de votar o projeto anistia perdeu força. Eu tenho convicção que vai começar uma movimentação pra que isso seja enterrado”, afirmou.
Em seu discurso no domingo, Tarcísio defendeu anistia para Jair Bolsonaro (PL), réu por golpe de Estado, e criticou o que chamou de “tirania” do ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do processo contra o ex-presidente.
Lindbergh Farias e outros deputados governistas compareceram à Primeira Turma do STF para o julgamento do ex-presidente Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado.
A jornalistas, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse acreditar que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não vai pautar um projeto sobre anistia, como a oposição tem pressionado.
“Ele não deveria trazer isso para seu próprio currículo. De trazer uma pauta que gera uma crise institucional. Ele vai acabar de afundar a Câmara dos deputados se fizer isso”, afirmou Jandira.
Os deputados federais do PSOL, Ivan Valente (SP) e Talíria Petrone (RJ), e o deputado Rogério Correia (PT-MG), também marcaram presença na sessão do julgamento de Bolsonaro desta terça. Ambos defendem a condenação dos envolvidos na tentativa de golpe.
“O presidente Alcolumbre disse que não pauta a anistia e, na Câmara, Hugo Motta fez um acordo com o PT que não pautaria a anistia. Então nós vamos cobrar. É inconstitucional, Hugo Motta conhece a Constituição”, afirmou Correia.