Oitiva de Lindbergh Farias é a primeira no inquérito aberto pelo STF sobre possível ofensiva internacional contra autoridades brasileiras; ex-presidente Jair Bolsonaro também será interrogado na próxima quinta-feira (5) Política, Eduardo Bolsonaro, Lindbergh Farias, PT (Partido dos Trabalhadores) CNN Brasil
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, chegou às 14h55, na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, nesta segunda-feira (2), para prestar depoimento sobre as acusações de articulação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o Judiciário brasileiro.
A oitiva do petista é a primeira no âmbito da investigação solicitada pela Procuradoria Geral da República (PGR) a semana passada, posteriormente, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Lindbergh Farias afirmou que vai entregar aos investigadores mais de 600 documentos publicados em redes sociais, que, segundo ele, revelam um “roteiro” de Eduardo Bolsonaro com parlamentares e autoridades dos Estados Unidos.
“Nós vamos entregar todos os documentos. Nós temos aqui mais de 600 manifestações do Eduardo Bolsonaro. Tem um roteiro das conversas com cada parlamentar, cada autoridade, pedindo sanções ao governo brasileiro. E a gente está entregando tudo isso. Para nós, é uma organização criminosa que está ali atuando para impedir, para tumultuar um julgamento que está em curso”, disse Farias na chegada à sede da PF.
De acordo com a determinação do STF, Eduardo pode enviar suas considerações à PF por escrito. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve prestar depoimento aos investigadores na próxima quinta-feira (5).
O ex-presidente será questionado se está financiando a estadia do filho no exterior, diante da campanha para arrecadação via Pix. O líder do PT afirmou que pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) a apuração para possível bloqueio de bens de Jair Bolsonaro.
Em março, Eduardo anunciou nas redes sociais que se licenciaria do mandato parlamentar. Na ocasião, afirmou que iria articular com o governo de Donald Trump a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.