Parlamentares defendem que o Executivo não objetiva uma “guerra com o Congresso, mas sim buscar o equilíbrio” Política, -agencia-cnn-, Congresso, Governo Federal, Hugo Motta, IOF CNN Brasil
O imbróglio que cerca a derrubada do decreto presidencial sobre o aumento do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) foi pauta da reunião de líderes da Câmara dos Deputados, realizada nesta terça-feira (08).
Após o encontro, líderes do governo defenderam, em coletiva de imprensa, a construção de um caminho para tampar o “buraco” do IOF e ameaçaram a possibilidade de um corte em programas sociais para tentar contornar esse déficit.
“A conta tem que fechar. A verdade é que com o vazio do IOF, nós estamos com um buraco de R$ 10 bilhões. Se até o dia 22 nós não resolvermos isso, vai siginificar um corte para programas sociais e contingenciamento”, disse o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido.
Na mesma linha falou o deputado José Guimarães (PT-CE), que é líder do governo na Casa. De acordo com ele, dentro dos próximos dias os parlamentares tentarão “conversas” com alguém da área do governo e também a presidência da Câmara para tratar sobre o assunto.
“Vamos buscar essa semana conversas envolvendo a área do governo e a Presidência da Câmara para buscar a compatibilização de novas medidas em função da queda do IOF”, afirmou.
O petista defendeu a decisão do presidente Lula de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra a decisão do Congresso de derrubar o decreto presidencial.
“É legítima a posição do governo de recorrer ao STF. (…) Tivemos uma boa conversa ontem, eu, Gleisi e Motta e a nossa solidariedade à ele, que foi externada semana passada por conta dos ataques pessoais que ele [Hugo Motta] sofreu”, acrescentou.
Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão de todos os atos do governo e também do Congresso, no que diz respeito ao IOF e convocou uma audiência de conciliação.
De acordo com Guimarães, o governo é contrário à “qualquer estratégia para responsabilizar o Congresso”.
“Nossa guerra não é contra o congresso, mas sim buscar o equilíbrio”, concluiu.