PF faz operação contra o ex-presidente com mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes Política, -transcricao-de-videos-, Jair Bolsonaro, PF (Polícia Federal), STF (Supremo Tribunal Federal) CNN Brasil
No CNN 360° nesta sexta-feira (18), o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), comentou sobre a recente operação da PF (Polícia Federal) envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), destacando que o STF (Supremo Tribunal Federal) demonstrou “cautela” em suas decisões.
Bolsonaro passará a usar tornozeleira eletrônica, além de cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e finais de semana, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Segundo Lindbergh, embora houvesse elementos suficientes para decretar a prisão preventiva, o tribunal optou por medidas cautelares menos severas. “O Supremo está tendo a cautela, pelo que estou vendo. Os motivos de prisão preventiva estavam dados. Ele está usando e articulando pra atrapalhar a investigação. O Supremo já podia hoje ter decretado a prisão preventiva”, afirmou à CNN.
De acordo com o parlamentar, a investigação revelou detalhes de uma suposta trama que incluiria planos contra diversas autoridades. Lindbergh citou as alegações finais apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República), classificando-as como “demolidoras” em relação às evidências apresentadas.
“As alegações finais apresentadas na segunda-feira pelo procurador-geral [Paulo] Gonet são demolidoras. Traz detalhes de um plano que era comandado. Jair Bolsonaro tinha ciência de tudo. Eles queriam assassinar Lula, Alexandre de Moraes e Geraldo Alckmin“, declarou.
O líder do PT mencionou uma entrevista recente do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à CNN.
“Ele fez essa ameaça aqui. Citou o caso do Japão, quando os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre Hiroshima, e disse: ‘Como o Japão não se rendeu, porque havia gente que se dizia patriota, veio a segunda bomba atômica, em Nagasaki’”, destacou Lindbergh.
“Então, ele praticamente disse o seguinte naquela entrevista: ‘Olha, ou o Brasil se rende, interrompe o julgamento do Supremo, ou nós vamos usar nossa influência aqui nos Estados Unidos, com Trump, para prejudicar ainda mais o país.’ É a esse tipo de ameaça que estamos submetidos”, finalizou no CNN 360°.

