Inicialmente, Gonet havia pedido apenas buscas, mas novas informações da PF sobre viagens agravaram quadro Política, -agencia-cnn-, Gilson Machado, Mauro Cid, PF (Polícia Federal) CNN Brasil
Localizadores expedidos em nome de familiares do tenente-coronel Mauro Cid em um voo da Copa Airlines foram determinantes para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedisse a prisão preventiva do militar.
Inicialmente, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, havia solicitado apenas medidas de busca e apreensão voltadas ao ex-ministro do Turismo Gilson Machado, diante da suspeita de que ele teria atuado para emitir um passaporte português em nome de Cid.
Antes que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pudesse analisar o requerimento, Gonet recebeu novas informações da Polícia Federal (PF) sobre a viagem dos pais, da esposa e de uma das filhas de Cid aos Estados Unidos.
A partir daí, fez um novo pedido, em que incluiu a prisão preventiva tanto de Machado quanto de Cid. Para Gonet, a saída dos familiares de Cid do Brasil fortalece a suspeita de que ele também fosse deixar o território nacional.
A Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PF reportou a Gonet que quatro familiares de Cid viajaram a Los Angeles no dia 30 de maio, em um voo da Copa Airlines com escala no Panamá.
Passaram pelo procedimento de migração os pais de Cid (Agnes e Mauro Lourena), a filha Isabela e a esposa, Gabriela. Um localizador em nome da outra filha, Giovana, também foi identificado, mas ela não embarcou no voo, nem há registros de sua saída do país.
A CNN apurou que todos têm passagens de volta compradas para o dia 20 de junho – e que o motivo da viagem seria o aniversário de 15 anos de uma sobrinha do tenente-coronel que mora em Orlando.
As passagens foram apresentadas aos investigadores do caso como evidência de que não haveria um plano de fuga, assim como uma camiseta alusiva ao passeio da família na Disney.
Moraes chegou a autorizar a prisão preventiva de Cid, mas revogou a decisão logo depois. O STF não explicou o motivo do recuo. O militar prestou depoimento à PF e foi liberado. Ele negou que tenha pedido qualquer ajuda para emissão de passaporte.
Já Machado foi efetivamente preso. Ele passou por audiência de custódia e a medida foi mantida. O ex-ministro do Turismo foi encaminhado ao presídio Cotel, em Abreu e Lima (PE).
