Escritor morreu neste sábado (30), em Porto Alegre, aos 88 anos; cerimônia acontece no Palácio Farroupilha Rio Grande do Sul, -agencia-cnn-, Literatura brasileira CNN Brasil
O velório do escritor Luis Fernando Verissimo será realizado neste sábado (30) no Salão Júlio de Castilhos, no Palácio Farroupilha, das 12h às 18h, segundo a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O autor, conhecido na literatura nacional por suas crônicas e contos do cotidiano, morreu hoje, aos 88 anos.
O Parlamento gaúcho já havia reconhecido a importância de Verissimo ao conceder, em 2010, a Medalha do Mérito Farroupilha, a mais alta honraria da Casa. A homenagem foi entregue em 15 de setembro daquele ano, durante a Sessão Solene da Semana Farroupilha, que destacou personalidades de relevância para a cultura, a educação, a política e a economia do estado.
A Mesa Diretora da Assembleia, em nome dos 55 deputados estaduais, destacou em nota “profundo pesar” pela morte do escritor, ressaltando sua contribuição inestimável para a literatura e a cultura do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Marco na literatura brasileira
Nascido em 1936, em Porto Alegre, o autor é filho do famoso escritor Erico Verissimo (“O Tempo e o Vento”), e desde jovem já apresentava habilidade com a escrita.
Ao longo de sua carreira, Verissimo teve mais de 80 livros publicados, e se tornou um dos nomes mais populares da literatura contemporânea. Até hoje, o escritor é um dos principais representantes da crônica humorística do Brasil, sendo citado principalmente pelas obras “Ed Mort e Outras Histórias” (1979) e “Comédias da Vida Privada” (1995).
Uma de suas principais características é a naturalidade ao retratar questões políticas e sociais em suas obras, sempre mantendo o tom irônico e trazendo toques de humor para situações um tanto complicadas.
Com uma ampla carreira e livros dos mais variados temas, Verissimo trouxe a crítica social misturada com a linguagem de fácil compreensão para que seus livros fossem de fácil acesso. Entre suas principais obras estão “O Popular” (1973), “O Analista de Bagé” (1981), “A Velhinha de Taubaté” (1983), Comédias para se Ler na Escola” (2000), “As Mentiras que os Homens Contam” (2000) e vários outros clássicos.
*Sob supervisão de AR.
