Pix é citado em investigação anunciada pelos Estados Unidos sobre práticas comerciais do Brasil; Trump também fala em impor tarifas a partir de 1º de agosto Política, CNN Money, economia, Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), PIX, politica CNN Brasil
Em pronunciamento nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Pix “é do Brasil” e que não serão aceitos “ataques” com o sistema de pagamentos administrado pelo Banco Central.
“O Pix é do Brasil. Não aceitaremos ataques ao Pix, que é um patrimônio do nosso povo. Temos um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo, e vamos protegê-lo”, declarou, na noite desta quinta-feira (17).
O sistema de pagamentos é citado como exemplo pelos Estados Unidos para a abertura de uma investigação sobre práticas comerciais do Brasil que estariam prejudicando empresas americanas.
Em meio aos preparativos para o lançamento do Pix, em 2020, o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiram suspender um serviço de pagamentos via WhatsApp estruturado pela Meta, dona do aplicativo e de redes sociais como Facebook e Instagram.
Banco Central e Cade apontaram a necessidade de garantir o “funcionamento adequado” do sistema e avaliar “potenciais riscos” como justificativas para suspendê-lo. A decisão ocorrera em junho daquele ano e, em outubro, o Pix seria lançado; o WhatsApp Pay só receberia aval em março de 2021, já em meio à popularidade da plataforma do BC.
A abertura da investigação comercial ocorre em meio a outro anúncio, feito pelo presidente americano, Donald Trump, na semana passada: o de que os Estados Unidos imporiam tarifas de 50% sobre importações vindas do Brasil a partir de 1º de agosto.
Trump justificou o tarifaço com base na situação político-jurídica do aliado e ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), nas medidas contra redes sociais e plataformas americanas no Brasil e em fatores econômicos envolvendo a balança comercial entre os países – ainda que dados oficiais apontem que, hoje, ela esteja mais favorável aos EUA.
* Com informações de Fernando Nakagawa