Anúncio foi realizado nesta quarta-feira (13); tarifa norte-americana de 50% sobre importações brasileiras está em vigor desde 6 de agosto Macroeconomia, CNN Brasil Money, Fernando Haddad, Luiz Inácio Lula da Silva, Lula, tarifaço de Trump, Tarifas 50% contra o Brasil CNN Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quarta-feira (13) a MP (medida provisória) que reformula o FGE (Fundo de Garantia à Exportação) para socorrer as empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as mudanças no FGE serão direcionadas prioritariamente para as empresas afetadas pela tarifa de 50% e, posteriormente, serão ampliadas a todos os exportadores brasileiros.
“Nosso fundo garantidor de exportações passa a contar a partir de hoje com recursos liberados para financiar a custo baixo os setores afetados pelo tarifaço. Vamos atender prioritariamente quem for atingido, mas o fundo garantidor de exportações passa a operar em todo o setor exportador do Brasil”, disse Haddad durante anúncio das medidas.
Para socorrer as empresas afetadas pelas tarifas, R$ 30 bilhões do FGE serão usados como funding para concessão de crédito permitindo taxas acessíveis.
O fundo público foi criado inicialmente para cobrir os riscos assumidos pela União nas operações de seguro de crédito à exportação.
O Plano Brasil Soberano também estabelece aportes adicionais no FGCE (Fundo Garantidor do Comércio Exterior), no FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) e FGO (Fundo de Garantia de Operações), voltados prioritariamente ao acesso de pequenos e médios exportadores.
Veja:
- R$ 1,5 bilhão no FGCE;
- R$ 2 bilhões no FGI, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social);
- R$ 1 bilhão no FGO, do Banco do Brasil.
Tarifaço
A tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros está em vigor desde 6 de agosto. Segundo levantamento preliminar do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), a alíquota incidirá sobre 35,9% das exportações brasileiras para os Estados Unidos.
A ordem executiva assinada pela Casa Branca traz uma lista com cerca de 700 produtos que ficaram de fora da medida. Entre as exceções, estão aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro.
Além disso, 19,5% das exportações brasileiras para os EUA estão sujeitas a tarifas específicas, aplicadas a todos os países. É o caso das autopeças, cuja alíquota é de 25%, aplicável a todas as origens.
De acordo com o MDIC, 64,1% das exportações brasileiras seguem concorrendo com produtos de outras origens no mercado americano em condições semelhantes.