De acordo com a Constituição, a medida prevê ao presidente poder político, econômico e social sobre o país Internacional, Donald Trump, EUA, Trump, Venezuela CNN Brasil
O líder venezuelano Nicolás Maduro disse que está pronto para declarar estado de emergência para proteger seu país, em meio às crescentes tensões com os EUA sobre o envio de navios de guerra no Caribe.
Em um discurso televisionado na segunda-feira (29), Maduro disse ao país que a medida visa “proteger o povo, a paz e a estabilidade… caso a Venezuela seja atacada pelo império dos EUA”.
O discurso ocorre após semanas de crescente tensão após o envio de navios de guerra dos EUA para o Mar do Caribe, em missão que Washington ter como objetivo o combate ao narcotráfico, mas que Caracas acredita ter como objetivo uma mudança de regime.
Os EUA acusaram Maduro de envolvimento com o narcotráfico – uma acusação que ele nega veementemente – e recentemente dobraram a recompensa por informações que levem à sua prisão para US$ 50 milhões.
Ataques recentes dos EUA tiveram como alvo pelo menos quatro embarcações supostamente transportando drogas, matando mais de uma dúzia de supostos traficantes, de acordo com o presidente dos EUA, Donald Trump, embora ele não tenha fornecido evidências confirmando que os alvos eram criminosos.
Na segunda-feira (29), a vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez disse que a declaração concederia poderes especiais a Maduro no caso de uma incursão militar dos EUA.
Segundo Delcy, a declaração permitiria ao presidente mobilizar as forças armadas da Venezuela — as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas — em todo o país e assumir o controle militar dos serviços públicos, da indústria petrolífera e de outras áreas.
Maduro também poderia fechar fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, bem como “ativar todos os tipos de planos econômicos, políticos e sociais” para garantir a segurança nacional.
“(A declaração) busca proteger a integridade territorial, a soberania, a independência e os interesses estratégicos vitais de nossa república contra qualquer violação grave ou agressão externa que possa ter ocorrido contra nosso território”, disse a vice-presidente.

