Ditador venezuelano afirmou que mobilização militar nas águas do Caribe visam justificar intervenção em Caracas Internacional, Caracas, Caribe, Donald Trump, Estados Unidos, Nicolás Maduro, Venezuela CNN Brasil
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (1º) que os Estados Unidos buscam uma mudança de regime na Venezuela com o envio de navios militares para as águas do Caribe.
As tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela aumentaram nas últimas semanas em meio a um grande aumento da presença naval dos EUA no sul do Caribe e em águas próximas à costa venezuelana. Autoridades americanas afirmam que o objetivo é enfrentar as ameaças dos cartéis de drogas latino-americanos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, fez da repressão aos cartéis de droga um objetivo central de seu governo, como parte de um esforço mais amplo para proteger a fronteira sul dos EUA.
Mas Maduro, o ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, e outras autoridades disseram que a escalada militar dos EUA pretende justificar uma intervenção contra a Venezuela.
“Eles estão buscando uma mudança de regime por meio de ameaças militares”, disse Maduro. Os militares da Venezuela estão “superpreparados”, completou.
O governo venezuelano zombou das alegações dos EUA de que a Venezuela e Maduro são fundamentais para o tráfico internacional de drogas.
No início de agosto, os Estados Unidos dobraram a sua recompensa por informações que levassem à prisão de Maduro para 50 milhões de dólares, alegando que o ditador venezuelano é líder de organizações criminosas.
Embora os navios da Guarda Costeira e da Marinha dos EUA operem regularmente no sul do Caribe, a presença militar atual é significativamente maior do que o habitual para a região
Não está claro exatamente como a presença militar dos EUA poderia interromper o tráfico de drogas. Isso porque a maior parte do comércio marítimo de drogas chega aos EUA através do Pacífico, e não do Atlântico, onde estão as forças americanas.
Além disso, o tráfico através do Caribe chega majoritariamente por voos clandestinos, de acordo com o Relatório Global sobre Cocaína de 2023 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.