Líder venezuelano invocou a ideia histórica da “Grande Colômbia”, retratando a aliança entre os dois países como um eixo contra ameaças externas Internacional, Colômbia, Donald Trump, EUA, Maduro, Nicolás Maduro, Venezuela CNN Brasil
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu união com a Colômbia na quinta-feira (19), apelando à solidariedade regional em meio às tensões com os Estados Unidos.
Em um evento no estado de Miranda, o líder chavista pediu que o povo e os militares colombianos a se unirem à Venezuela em uma frente única, invocando o legado de Simón Bolívar.
Ele condenou as recentes ações dos EUA contra um carregamento de petróleo venezuelano como uma violação do direito internacional, prometendo continuar as exportações e defender o livre comércio na região.
O ditador venezuelano também pediu aos americanos que rejeitassem o que descreveu como políticas belicistas e de mudança de regime na América do Sul, usando o slogan “não ao sangue por petróleo”.
Segundo Maduro, os principais setores econômicos da Venezuela continuariam operando e exportando, apesar das pressões externas.
Posteriormente, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, rebateu a fala de Maduro, negando cooperação militar com o país.
Petro enfatizou que a soberania e o poder nacional constituinte devem orientar qualquer cooperação militar, afirmando que as tropas colombianas permanecem sob o comando da Colômbia e não estão sujeitas a ordens estrangeiras.
EUA aumentam pressão contra Venezuela
Os Estados Unidos enviaram aeronaves, veículos, milhares de soldados e um grupo de ataque de porta-aviões das Forças Armadas para o Caribe, sob a premissa de combate ao narcotráfico.
As operações incluem diversos ataques contra barcos tanto no Caribe quanto no Pacífico que supostamente estariam transportando drogas.
Porém, foram levantados questionamentos sobre a legalidade dessas ações.
Além dos ataques contra embarcações, os EUA também pressionam o regime de Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, que é acusado pela Casa Branca de ter relação com o narcotráfico e o Cartel de Los Soles.
Segundo fontes consultadas pela CNN, o governo de Donald Trump está elaborando planos para “o dia seguinte” à deposição de Maduro, mas ainda não foi tomada uma decisão sobre um ataque direto ao país.
Trump conversou por telefone com Maduro no final de novembro, poucos dias antes de os EUA o classificarem como integrante de uma organização terrorista estrangeira.
O venezuelano teria recebido um ultimato para deixar o poder e o país, mas o descumpriu.Em outra ação que aumentou a tensão entre os dois países, os Estados Unidos apreenderam um petroleiro próximo à Venezuela, medida classificada de “roubo descarado” e “um ato de pirataria internacional” pelo regime de Maduro.
Posteriormente, Trump anunciou um “bloqueio total” contra os petroleiros sancionados da Venezuela e disse que não deixará “ninguém passar sem o devido direito”.

