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Maior primata das Américas pode perder metade do hábitat até 2090 

Última atualização: 13 de outubro de 2025 16:33
Published 13 de outubro de 2025
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Estudo prevê que as duas espécies de muriqui devem ficar restritas principalmente a regiões costeiras da Mata Atlântica, com populações seriamente em risco no interior  São Paulo, COP30, Sustentabilidade CNN Brasil

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Desafio no interiorLeia MaisMudanças climáticas: 80% se preocupam com impacto em criançasRS: Pampa registra maior perda de vegetação nos últimos 40 anosCrise climática já é sentida por 9 em cada 10 moradores da Amazônia LegalSoluções

O muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) e o muriqui-do-sul (B. arachnoides), as duas espécies do maior gênero de primatas das Américas, terão uma redução de hábitat até 2090 estimada em 44% e 61%, respectivamente, segundo estudo publicado no Journal for Nature Conservation com apoio da FAPESP. No Estado de São Paulo, o muriqui-do-norte deve perder toda a sua área climaticamente adequada até o fim do século.

Os números dão conta apenas do efeito das mudanças climáticas sobre as espécies até o fim do século, sem considerar outros fatores que também ameaçam os primatas e seus hábitats, como desmatamento, fragmentação das florestas e caça. Ambos os muriquis, endêmicos da Mata Atlântica, são classificados como “Criticamente Ameaçados” de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

“Apenas a mudança climática não vai levar os muriquis à extinção, segundo nossas projeções. Mas cerca de metade da área atual climaticamente favorável para eles pode acabar, o que é bastante preocupante levando em conta que há outros fatores pressionando essas espécies”, conta o autor do estudo, Tiago Vasconcelos, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru.

O trabalho é parte de projeto apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).

As projeções são realizadas com softwares especiais para esse fim, a partir de dados como a distribuição atual e informações climáticas importantes para os requerimentos fisiológicos das espécies. Assim, dados do clima atual são utilizados para caracterizar as preferências das espécies, que são então projetadas nos diferentes cenários futuros de mudanças climáticas para as próximas décadas, como chuvas, meses mais quentes, dias mais secos etc.

Desafio no interior

Estudos de outros pesquisadores já haviam apontado perdas de áreas climaticamente adequadas para as duas espécies de muriqui até o fim do século. Vasconcelos, porém, aponta o tamanho dos prejuízos em curto e médio prazo, mais especificamente os anos de 2030, 2050, 2070 e 2090.

“Outros autores já haviam sugerido a redução de áreas adequadas para as duas espécies até 2050 e até 2090, mas conseguimos apontar a perda gradual que vai ocorrer ao longo de todo o século”, explica o pesquisador, atualmente professor substituto no Departamento de Biologia e Zootecnia da Faculdade de Engenharia (FEIS) da Unesp, em Ilha Solteira.

Em 2023, por exemplo, um artigo apontava que as áreas previstas para serem perdidas pelo muriqui-do-sul serão em florestas semidecíduas no interior dos Estados do Paraná e de São Paulo. Vasconcelos chegou a resultados similares no estudo atual, mas acrescenta que essas áreas vão encolher ainda mais, de forma contínua, ao longo das décadas seguintes até o fim do século. Haverá, ainda, um deslocamento da área de ocorrência da espécie na direção nordeste.

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“Esse deslocamento não vai ocorrer com um acréscimo de áreas adequadas, como está previsto para acontecer com alguns grupos de animais. Pelo contrário. Com a perda expressiva de áreas no oeste da sua área de distribuição atual, as populações que restarem devem se restringir à parte leste”, esclarece.

Para o muriqui-do-norte, o trabalho de Vasconcelos aponta padrões similares de perda de áreas climaticamente adequadas através das décadas, com uma redução acelerada entre 2070 e 2090. A maioria das perdas dessa espécie também deve ocorrer no interior, mas no leste e sul de Minas Gerais e na parte central e oeste do Rio de Janeiro. O Estado de São Paulo, por sua vez, deve perder toda a área climaticamente adequada para a espécie em 2090. Neste ano, restarão para o muriqui-do-norte duas grandes extensões territoriais climaticamente apropriadas. Uma abrangendo a população do norte, no Estado da Bahia e no nordeste de Minas Gerais, e outra no Espírito Santo, com uma área menor no norte do Rio de Janeiro.

Para as duas espécies, as grandes áreas climaticamente adequadas e que concentrarão a maior parte da população para o fim do século estão ao longo da costa, associada com florestas ombrófilas.

“As mudanças climáticas devem impor desafios particularmente difíceis para as populações das duas espécies em áreas no interior, associadas a florestas semidecíduas [que perdem parte das folhas na época seca do ano].”

Soluções

O pesquisador reforça que as previsões levam em conta apenas as mudanças climáticas, o que pode ocultar um risco ainda maior quando se consideram ameaças que podem agir em sinergia, como a contínua perda de hábitat e a fragmentação das florestas.

Quando combinada com a redução de áreas climaticamente adequadas, a tendência poderia levar ao isolamento de populações de muriqui e à quebra de fluxo gênico entre elas, afetando a manutenção de populações viáveis. Isso poderia reduzir ainda mais a área de ocorrência das espécies. As extinções locais já documentadas, inclusive, ocorreram em áreas degradadas de floresta semidecídua.

Por isso, o autor encerra o trabalho recomendando justamente o foco em esforços de conservação dessas populações do interior, além de alertar para a necessidade de uma compreensão melhor de como essas populações vão efetivamente responder às mudanças climáticas nas próximas décadas.

Em médio e longo prazo, o estudo indica a importância de concentrar esforços em garantir a proteção das duas espécies de muriqui nas florestas ombrófilas da costa, identificando os melhores locais para implementar corredores ecológicos e conectar as populações em áreas atualmente desconectadas.

“Assim, as espécies teriam oportunidade de manter o fluxo gênico e persistir como populações saudáveis neste século”, encerra.

 

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