Presidente destacou que o compromisso do governo é “proteger cidadãos e consumidores” Política, -agencia-cnn-, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), PCC (Primeiro Comando da Capital), PF (Polícia Federal) CNN Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta quinta-feira (28), através das redes sociais, sobre a megaoperação envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC), deflagrada nesta manhã. Segundo ele, “a população em todo o país assistiu hoje à maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado de nossa história até aqui”.
“Nosso compromisso é proteger cidadãos e consumidores: cortar o fluxo de dinheiro ilícito, recuperar recursos para os cofres públicos e garantir um mercado de combustíveis justo e transparente, com qualidade e concorrência leal”, disse Lula em posto no X. E completou: “Seguiremos atuando com coordenação e seriedade para dar segurança às pessoas e estabilidade à economia”.
A população em todo o país assistiu hoje à maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado de nossa história até aqui. Em atuações coordenadas que envolveram Polícia Federal, Receita Federal e Ministérios Públicos estaduais, foram deflagradas três operações simultâneas…
— Lula (@LulaOficial) August 28, 2025
Uma força-tarefa envolvendo Ministério Público de São Paulo, Ministério Público Federal e polícias Federal, Civil e Militar, além de outros órgãos, cumpriu mandados nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina contra uma rede ligada ao PCC que adulterava combustíveis e realizava lavagem de dinheiro. Os alvos são acusados de fraudes fiscais, ambientais e econômicas.
A “Quasar” tem o objetivo de desarticular esquemas de lavagem de dinheiro, com impacto financeiro e envolvimento de organizações criminosas. Enquanto a “Tank” tem como foco o desmantelamento de uma das maiores redes de lavagem de dinheiro já identificadas no estado do Paraná.
Já a “Carbono Oculto”, visa desmantelar um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis com infiltração de integrantes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
Em coletiva nesta tarde, Andrei Rodrigues, o diretor da Polícia Federal apresentou um panorama geral sobre os número da megaoperação, que realizou 14 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de prisão preventiva e obteve, até aquele momento, cinco pessoas presas.
Ele destacou ainda que os dados podem sofrer alterações ao longo do dia. Foram contabilizados:
- sequestro judicial de 1.500 automóveis;
- apreensões de 192 imóveis e duas embarcações
- bloqueio de mais de 1 bilhão de reais;
- bloqueio total de 21 fundos fechados de investimento;
- ações em relação a 41 pessoas físicas e 255 pessoas jurídicas
- mais de 300.000 reais em dinheiro vivo apreendido;
- 141 automóveis apreendidos.
“Encontramos fracionamento de depósitos, empresas de fachada, intermediadora e operadoras financeiras, coleta de dinheiro, contas-bolsões e adulteração e fraude na venda de combustíveis, enfim, fundamentalmente, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, organização criminosa e adulteração de combustíveis”, reforçou o diretor da PF.
“Uma das maiores operações da história”
Na coletiva, que serviu para divulgar detalhes sobre as operações, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o crime organizado “se apropriou do setor de combustíveis”.
“É uma das maiores operações da história contra o crime organizado, sobretudo em sua atuação no mercado legal. Ou seja, atacando, neste momento, o setor de combustíveis, apropriação das organizações criminosas, em parte do setor de combustíveis, e a sua ligação com o setor financeiro no que diz respeito a lavagem de dinheiro”, afirmou o ministro.
O ministro da Fazenda de Lula, Fernando Haddad (PT), destacou que a megaoperação contra PCC chegou “ao andar de cima”.
Segundo o ministro, “contra o crime organizado é preciso haver resposta organizada” e, para isso, “contou-se com a investigação da Polícia Federal e com a fiscalização da Receita Federal”.

