By using this site, you agree to the Privacy Policy and Terms of Use.
Aceitar
Portal Nação®Portal Nação®Portal Nação®
Notification Mostrar mais
Font ResizerAa
  • Início
Lendo: Margem equatorial: a polêmica errada
Compartilhe
Font ResizerAa
Portal Nação®Portal Nação®
  • Notícias
  • Esporte
  • TV Nação
  • Entretenimento
  • Ciência
  • Tecnologia
  • Acesso
Search
  • Início
Siga nas redes
Portal Nação® > Noticias > outros > Margem equatorial: a polêmica errada
outros

Margem equatorial: a polêmica errada

Última atualização: 16 de julho de 2025 05:00
Published 16 de julho de 2025
Compartilhe
Compartilhe

A exploração de petróleo e gás natural na margem equatorial, localizada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, vem causando embates ferozes que envolvem diferentes atores: ministros de Estado, governadores, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as empresas produtoras de petróleo e as organizações ambientais.

A expectativa de um novo pré-sal, capaz de gerar riqueza numa região economicamente desfavorecida do Brasil e oferecer segurança energética para o país nas próximas décadas, é contraposta por ambientalistas que questionam os riscos de potenciais acidentes naquela área.

Conheça o JOTA PRO Energia, monitoramento jurídico e político para empresas do setor

Em meio a esta polêmica, chama a atenção a ausência de debates sobre o destino dos potenciais royalties e participações especiais a serem pagos pelas empresas que venham a produzir petróleo e gás natural naquela região. Tais recursos podem representar uma gigantesca contribuição do setor de exploração de petróleo e gás natural para o desenvolvimento sustentável da região, se forem corretamente investidos.

Os valores são, potencialmente, significativos. Em 2024, por exemplo, foram pagos cerca de R$ 100 bilhões para a União, estados e municípios, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Idealmente, tais recursos financeiros devem ser utilizados em projetos estruturantes, que garantam a qualidade de vida dos cidadãos em um futuro no qual tais recursos não existirão. Isso porque o fluxo de recursos decorrentes do pagamento de royalties e participações especiais será reduzido de forma proporcional ao natural declínio da produção de petróleo e gás natural, até o momento em que a produção terminará e, com ela, o recebimento desses recursos.

O investimento em medidas de adaptação às mudanças climáticas que tornem as cidades mais resilientes e seguras, bem como investimentos em saúde, educação, segurança, habitação e meio ambiente são bons exemplos do uso responsável dos royalties e participações especiais.

A transição energética, que demanda a produção de energia renovável em larga escala, é também um justo destino dos recursos advindos da produção de combustíveis fósseis, gerando postos de trabalho e um futuro mais sustentável.

O estado do Espírito Santo e o município de Niterói (RJ) são exemplos a serem seguidos. Ambos criaram fundos soberanos com os royalties e participações especiais, de forma a promover o desenvolvimento regional através de investimentos estratégicos, proteger a economia local da volatilidade das receitas do petróleo e do gás natural, além de formar reserva para que as gerações futuras também possam ser beneficiadas por esses recursos. Tais fundos soberanos contam com regras claras e objetivas para a sua utilização, o que promove o seu uso racional. 

O desafio reside no fato de que nem todos os entes federativos investem os recursos com racionalidade econômica. A autonomia financeira dos governadores e prefeitos dá margem a decisões populistas e eleitoreiras que em nada contribuem para o desenvolvimento sustentável. 

O pagamento de auxílios em dinheiro sem critérios técnicos, o transporte público gratuito, a realização de obras faraônicas, o inchaço da máquina pública e até mesmo investimentos absolutamente esdrúxulos, como a ideia de comprar a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco, divulgada nas redes sociais de um prefeito vascaíno, são exemplos de um paternalismo arcaico, infelizmente corriqueiro na política brasileira. A falsa prosperidade não melhora a qualidade dos serviços prestados à população, não desenvolve a economia local e não reduz as desigualdades sociais.

A autonomia administrativa e financeira dos estados e municípios, prevista na Constituição Federal, impede que uma lei federal determine a destinação dos royalties e as participações especiais, podendo, quando muito, estabelecer diretrizes e mecanismos de estímulo ao investimento em temas como saúde e educação.

Mais grave do que um potencial desastre ambiental na margem equatorial, a 570 km da foz do Amazonas, o sistemático desperdício de recursos públicos em um país com tantas carências é uma tragédia real e silenciosa que vale, até mesmo, a revisão do texto constitucional. Estamos perdendo tempo com a discussão errada.

You Might Also Like

Epstein afirmou em e-mail que conversou com Lula por telefone em 2018 

Polícia do Rio deflagra nova operação contra expansão do Comando Vermelho 

Tribunal decide que BHP é “parcialmente culpada” por tragédia de Mariana 

Skunk e cocaína: PRF apreende cerca de 120 kg de drogas em caminhão-cegonha durante fiscalização na BR-116

Irmão de vereador é alvo de operação que mira integrantes do Comando Vermelho; saiba detalhes

Compartilhe esse artigo
Facebook Twitter Email Print
Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga o Portal Nação

Nas redes Sociais
FacebookLike
TwitterSiga nas redes
YoutubeSubscribe
TelegramSiga nas redes

Newsletter semanal

Assine nossa newsletter para receber nossos artigos mais recentes instantaneamente!

Notícias populares
outros

Alphabet tem lucro líquido de US$ 34,5 bilhões no 1º trimestre 

24 de abril de 2025
Ex-BBB 25, Giovanna Jacobina revela que fará novo procedimento estético; saiba qual
Mulher que traficava para o PCC em áreas do CV é presa durante velório do marido
Venezuelanos deportados dos EUA denunciam tortura em prisão de El Salvador 
Stock option: retenção de talentos no cenário corporativo
- Publicidade -
Ad imageAd image
  • Avisos legais
  • Política de privacidade
  • Gerenciamento de Cookies
  • Termos e condições
  • Parceiros

Todas as últimas notícias do Portal Nação direto na sua caixa de entrada

Aqui no Portal Nação, acreditamos em criar os melhores produtos para a indústria que cruzam o melhor design de software, experiência do usuário e funcionalidade.

Nosso site armazena cookies no seu computador. Eles nos permitem lembrar de você e ajudam a personalizar sua experiência em nosso site.
Leia nossa política de privacidade para maiores infromações.

Copyright © 2023-2024 Portal Nação | Todos os Direitos Reservados

Orgulhosamente ❤️ por HubCloud © 2024. Todos os Direitos Reservados
Welcome Back!

Sign in to your account

Lost your password?