Deputados também querem explicações sobre presença da ministra no Acampamento Terra Livre, marcado por confronto com a polícia Política, Câmara dos Deputados, COP30, Marina Silva CNN Brasil
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é esperada nesta quarta-feira (2), na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados para debater sobre o aumento das queimadas e desmatamento na Amazônia.
Além disso, ela também deve falar sobre o impacto da COP30 no Brasil, que será realizada em Belém. O debate será feito a partir das 10h30.
Marina foi convocada pelos deputados Evair de Melo (PP-ES) e Rodolfo Nogueira (PL-MS) — nesta ocasião, a ministra é obrigada a comparecer à sessão.
De acordo com o requerimento de Evair, a construção de uma rodovia para a COP30 tem gerado preocupações devido ao impacto ambiental, incluindo desmatamento e a fragmentação de habitats. Para ele, é necessário que a ministra vá à comissão para debater essas ações governamentais e que ela garanta a infraestrutura de forma sustentável na Amazônia.
“Este cenário reforça a urgência de ações concretas para conter o avanço das queimadas e minimizar os danos ambientais e climáticos associados”, disse o deputado em seu requerimento.
Já Nogueira, pede os esclarecimentos de Marina sobre a sua participação no Acampamento Terra Livre, um evento que reuniu milhares de indígenas em Brasília no início de abril.
A manifestação gerou tumulto entre as forças policiais e os manifestantes. No requerimento assinado, o deputado afirma que eles praticaram “ações antidemocráticas”.
Além disso, Nogueira também pede esclarecimentos da ministra em assuntos como o aumento de queimadas, multas aplicadas pelo Ibama e o recorde de degradação na Amazônia Legal.
“É urgente que a Ministra explique por que o Ibama tem agido como uma verdadeira máquina de punições”, criticou o deputado.
Em recentes declarações, a ministra ressaltou a necessidade de implementar ações para combater a crise. Em entrevista à CNN em abril, Marina destacou a importância da COP30 e de mobilizar o mundo em questões climáticas.
*Sob supervisão de Fernanda Tavares