À CNN, fonoaudióloga Flávia Puccini, que acompanha Ravi e Lua, conta como foi o processo do caçula Saúde, Eliezer, Filhos de Famosos, Viih Tube CNN Brasil
Responsável por acompanhar os primeiros meses de vida de Lua e Ravi, filhos de Viih Tube e Eliezer, a fonoaudióloga Flávia Puccini, compartilha, com exclusividade à CNN, o processo de introdução alimentar do bebê caçula do casal.
O pequeno, hoje com sete meses, nasceu em 11 de novembro, mas precisou ser internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a um quadro de enterocolite. Mesmo com o susto, ele recebeu alta médica após alguns dias e hoje segue sem complicações.
Segundo a profissional, as abordagens precisam ser individualizadas para cada criança. “Para a Lua foi de um jeito e para o Ravi completamente diferente. Eles foram fazer a mesma coisa, porém o Ravi mostrou outro comportamento e recusou a comidinha. Só que o dele era muito mais a questão de como eles estavam oferecendo do que necessariamente um problema oral”, explicou.
“Ele teve uma disfunção oral quando bebeu por conta da linguinha presa, a gente trabalhou, ele melhorou bastante, fez a frenotomia e, na introdução alimentar, não vimos como estava essa boquinha. Então, ele começou a apresentar recusa. Eu reorganizei a boquinha e orientei a maneira certa de dar”, continuou.
Mesmo após a realização da frenotomia, ou seja, um procedimento cirúrgico para corrigir o freio lingual ou labial, também conhecido como “língua presa”, Puccini diz que ele pode apresentar outros tipos de dificuldades, que não estão necessariamente relacionadas ou vinculados à condição.
“O Ravi não está realizando sessão de fonoaudiologia agora porque ele não está com nenhum problema. Então, a gente trabalhou o que precisava e ele está respondendo. Vamos continuar acompanhando essa evolução pelo desenvolvimento”, acrescentou.

Cuidados após a frenotomia
Conforme a profissional, Ravi passou pela intervenção quando ainda só se alimentava com leite. “Por isso, não foi necessário nenhum cuidado especifico. Mas, para as crianças que já estão na alimentação, depende muito do tipo de procedimento que foi realizado, porque, apesar de ser a mesma coisa, existem jeitos diferentes de se fazer”, comenta.
“Pedimos que, nas primeiras 24 horas, evitem alimentos em pedaços grandes, prefiram sopinhas ou alimentos mais uniformes, para não correr risco de ficar pedaços de alimento ali. Mas o gelado pode ajudar a aliviar o desconforto, sem prejudicar a cicatrização. Além disso, é recomendado evitar o uso de chupetas, pois elas pode prejudicar a cicatrização ao manter a postura da língua mais baixa”, detalha.
Para facilitar a adaptação aos alimentos e promover uma futura fala clara, Flávia indica experiências diferentes. “O Ravi faz isso muito bem, come texturas variadas, pedaços pequenos. Ele tem estímulos variados com a equipe, com a família, com Lua. Conversam bastante, dão a oportunidade para a boquinha descobrir o mundo. Isso facilita a fala, além de criar uma relação positiva com a comida.”
“Durante a introdução alimentar, é normal que o bebê rejeite os alimentos no início. Normalmente, em um a dois meses, já se percebe uma evolução significativa no leque de texturas e tipos de alimentos que ele aceita. Se ele demonstra sinais de prontidão, como sentar com apoio, coordenação boca-mão, interesse em levar comida à boca, a evolução tende a ser rápida. Caso contrário, o processo pode ser mais lento, podendo levar até um ano para que o bebê esteja comendo a mesma comida da família”, diz.
“A Viih, o Eli, e toda a família seguem muito bem as orientações de estímulo ao desenvolvimento oral e de fala, evitando telas e promovendo interações qualificadas. É importante ficar atento aos marcos de desenvolvimento e realizar reavaliações a cada seis meses para acompanhar esse progresso. Para crianças com desenvolvimento saudável, isso é uma orientação que ajuda a garantir que tudo continue evoluindo de forma adequada”, conclui.
Introdução alimentar: como garantir que a criança crie bons hábitos