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Megaoperação no Rio: entenda os impactos na saúde mental da população 

Última atualização: 30 de outubro de 2025 18:20
Published 30 de outubro de 2025
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Transtorno do estresse pós-traumático, ansiedade e depressão são algumas das consequências da exposição à violência armada  Saúde, Operação policial, Rio de Janeiro, Saúde mental CNN Brasil

Contents
Leia MaisOperações policiais causam impacto na vacinação infantil, diz UnicefMulheres são mais vulneráveis a transtornos mentais, diz médico a KalilPsiquiatra explica diferença entre depressão e ansiedadeViolência pode causar impactos a curto e longo prazoComo lidar com o trauma?

A violência armada ligada às operações policiais, como a que aconteceu na terça-feira (28) no Complexo da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, causa impacto negativo na saúde mental da população que vive nessas regiões, principalmente crianças.

Uma pesquisa realizada em 2022 pela ONG Redes da Maré investigou os efeitos da violência armada na saúde mental da população que mora no Complexo da Maré. Segundo o levantamento, pessoas que experimentam situações de violência são mais suscetíveis a apresentar sofrimento mental e pior qualidade de vida.

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Estresse pós-traumático, ansiedade, depressão, fobias e tentativas de suicídio são alguns dos transtornos mentais que atingem os que vivenciam confrontos armados. A pesquisa mostrou que a maioria da população vive permanentemente com medo.

Quase 31% perceberam prejuízos à saúde mental e emocional decorrentes da exposição à violência armada, incluindo manifestações de episódios depressivos (26%) e ansiedade (25,5%) nos três meses anteriores à pesquisa (realizada entre 2018 e 2020).

Os impactos negativos são ainda mais frequentes entre aqueles que sofreram exposição direta a situações violentas: 44% dos que se viram em meio a tiroteios acreditam que a saúde mental foi prejudicada e 29% deles perceberam efeitos sobre a saúde física. Entre essas mesmas pessoas, 12% relataram pensamentos sobre suicídio e 30% sobre morte, além de sintomas físicos como dificuldade para dormir (44%); perda de apetite (33%); vontade de vomitar e mal-estar no estômago (28%) e calafrios ou indigestão (21,5%).

Embora a pesquisa tenha um recorte local, os dados são representativos de outras favelas e periferias que sofrem com a violência armada, na visão de Luna Arouca, coordenadora da ONG Redes da Maré. “Já está bem claro que as populações de favela e periferia que vivenciam esse tipo de ação do Estado sofrem impactos na saúde mental em termos gerais”, afirma à CNN.

Esses impactos não são sentidos apenas pela população adulta que vive em territórios em que operações policiais são frequentes. Crianças também sofrem com sobrecarga de problemas de saúde mental relacionados à violência armada, com consequências para a educação e saúde pública. Outra pesquisa realizada pela ONG mostrou que 38,2% dos respondentes indicaram que as crianças sob seus cuidados já presenciaram algum tipo de violência, incluindo a violência policial.

“Diante disso, os pais relatam as consequências na saúde mental dessas crianças, como aumento da agressividade, da ansiedade, da perda do interesse na escola e da produtividade escolar. São elementos muito preocupantes”, acrescenta Arouca.

Violência pode causar impactos a curto e longo prazo

Situações de violência geram tanto consequências imediatas à saúde mental quanto a longo prazo. Segundo Daniel Barros, psiquiatra e professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, episódios violentos disparam uma espécie de “alerta” no cérebro humano, com aumento da liberação de adrenalina e o surgimento de sintomas como nervosismo, respiração ofegante e dificuldade para relaxar e dormir.

“Quando você é exposto cronicamente a situações de risco, esses alerta passam a ser cronicamente ativados. As pessoas passam a ficar mais tensas, com mais dificuldade de relaxar a ponto, às vezes, de nem perceber que estão com esse sistema de alerta ativado, mas cronicamente, isso leva a desgaste emocional e aumenta o risco de transtornos de ansiedade e adoecimento emocional”, explica Barros à CNN.

Quadros de transtorno do estresse pós-traumático e depressão também são consequências possíveis decorrentes da violência armada, segundo o psiquiatra. “O estresse contínuo que desgasta o aparelho emocional pode aumentar o risco de quadros depressivos, de transtornos do sono e de dependência química. O uso de álcool aumenta em bairros e regiões em que as pessoas são expostas à violência. Então, existem várias consequências para a saúde mental em decorrência dessa violência”, afirma.

Como lidar com o trauma?

Para enfrentar situações traumáticas, é necessário tentar estabelecer uma sensação de segurança para os afetados. “Não estamos falando de mascarar a realidade, mas dentro deste contexto, garantir o mínimo de segurança, evitar a reexposição ao trauma e, talvez, fazer algum ajuste no contexto para diminuir as consequências negativas dessa exposição [à violência]”, elenca Barros.

No entanto, em situações como a do Complexo da Penha e do Alemão, as condições para o estabelecimento dessa segurança e o acesso à psicoterapia e serviços de suporte emocional podem ser mais complexas. “As condições são precárias, a vulnerabilidade é real, mas, se dentro disso, seja com aparato de ONGs, de igrejas e da comunidade, quaisquer aparelhos que estejam disponíveis, for possível aumentar a sensação de segurança, isso pode ser muito positivo para as pessoas”, completa.

Para Joana Fontoura, oficial de desenvolvimento e participação de adolescentes da UNICEF Brasil, é necessário o acolhimento e acompanhamento psicossocial imediato, logo após eventos violentos, e também a longo prazo. Porém, também é preciso realizar um trabalho preventivo.

“Nós pleiteamos muito que haja uma educação emocional nas escolas, pegando desde a primeira infância até a adolescência, para que diferentes fases recebam conteúdos necessários de fortalecimento emocional e psicossocial para lidar com situações extremas”, afirma à CNN.

“Nós recomendamos, diante de todo esse cenário, que seja feita uma resposta integrada para a proteção de crianças e adolescentes, priorizando a saúde mental e o cuidado contínuo das comunidades afetadas”, completa. “É urgente que tratemos a violência armada de uma maneira que não seja naturalizada e que o enfrentamento a essa questão seja feito de maneira intersetorial e integrada, com foco na garantia da qualidade de vida dessa população e sua sobrevivência.”

Para Arouca, é necessária a criação de mais Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) para a população vulnerável à violência armada. “As unidades de saúde são os equipamentos mais próximos da população, mas quando os casos são graves, precisamos de centros especializados que, infelizmente, ainda são poucos”, afirma.

Porém, não são somente os equipamentos de saúde pública que podem ajudar a população de favelas e periferias, na visão da coordenadora. Equipamentos de cultura são fundamentais. “Os movimentos sociais e os movimentos de favela reivindicam a presença do Estado por meio de outras frentes de trabalho que não somente a segurança pública. É preciso um ecossistema que providencie direitos, oportunidades e que impacta positivamente na saúde mental das crianças e das pessoas que estão sofrendo violência”, finaliza.

Crise de saúde mental em adolescentes: entendendo as causas e soluções

 

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